Município da Região Metropolitana ainda fora do Eixão das
Águas e sob situação de emergência decretada pela segunda vez, desde 2013,
Aquiraz resolveu arregaçar as mangas e dar exemplo.
O prefeito Antônio
Fernando Freitas Guimarães, embora ansioso pela urgente instalação de adutora
que levará água do sistema Pacoti-Riachão-Gavião a partir de ramal no Eusébio,
garantindo a segurança hídrica da sede municipal, ao invés de cruzar os braços,
adotou medidas emergenciais e definitivas no combate à estiagem. Como citado em
entrevista coletiva pelo próprio governador Camilo Santana sobre perspectivas
de racionamento, na semana passada, a Prefeitura já tratou de contratar e
iniciar a perfuração de 60 poços profundos, a construção de 38 chafarizes, a
distribuição de 50 caixas d’água de 7.500 litros e a desobstrução de canal a
partir da barragem do Catu-Cinzenta, bem como a manutenção da operação diária
de sete carros-pipa que atendem 17 comunidades. Tudo com recursos próprios.
Com relação a festejos
carnavalescos, a gestão se resguarda na responsável aplicação de recursos. Mas,
tradicionalmente turístico, com taxa de ocupação superior a 85% em sua rede
hoteleira, que é a segunda maior do Estado, Aquiraz tem uma comunidade
litorânea que cobra a realização de eventos nessa época. Para tanto, a
Prefeitura busca “parceirizar” a folia, com a iniciativa privada. Promotoras de
shows musicais, por exemplo, que devem quintuplicar a população da área do
Porto das Dunas / Beach Park com dois megaeventos no carnaval deste ano. É a vez
da comunidade sentir como empresários do setor se portam diante de questões
como responsabilidade social. Afinal, a estrutura urbana que recebe tais
eventos é da municipalidade. De maneira legítima, ela não só pode como deve
cobrar as devidas contrapartidas.
Fonte: Blog Roberto Moreira (27/ 01/ 15)
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