sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Aracati: ´Trash Arte´
Uma galeria de arte em meio ao lixo torna-se
espaço de expressão da indignação com o nosso consumismo
Fazer daquilo que foi descartado algo que produza outros significados é algo que vem movendo a produção artística desde que a natureza passou a não dar mais conta de absorver os resíduos gerados pela nossa civilização.
Fazer daquilo que foi descartado algo que produza outros significados é algo que vem movendo a produção artística desde que a natureza passou a não dar mais conta de absorver os resíduos gerados pela nossa civilização.
Paulinho Cariri escolheu o lixão como espaço
para sua expressão artística Foto: Fabiane de Paula
Nesta nossa incursão pelos lixões do Estado do Ceará, antes mesmo de parar o carro, no lixão de Aracati, município praiano localizado a 154 quilômetros de Fortaleza, uma figura curiosa, vestida com paletó, camiseta de divulgação dele mesmo e com dreads nos cabelos, nos chamou a atenção. Pelo visto, também chamamos a atenção dele, que, mesmo sem largar os vasilhames que conduzia para pegar água, foi até nós, ávido por divulgar o trabalho que vem desenvolvendo naquele lugar.
Poeta, compositor, artista plástico, decorador exótico, fotógrafo, artesão, arte educador, voluntário, tecelão, ombro amigo, lixeiro e liso. Assim Paulo Pereira da Silva (foi duro arrancar esse nome dele) ou simplesmente Paulinho Cariri, 47, se define. Nascido e criado em Aracati, se intitula, também, como guevariano e ex-militante pró-Lula.
Sua ideia atual, de montar o maior museu do lixo da América Latina, surgiu a partir de uma experiência vivida entre os anos de 2004 e 2006. Seu objetivo era passar 100 dias sem banho, no lixão de Mossoró, município litorâneo do Rio Grande do Norte localizado a 92,4 quilômetros de Aracati e a 278 quilômetros de Natal. "Eu gosto de desafios", afirma o poeta do lixo. Só que essa empreitada em terras potiguares não foi a bom termo. Ele só aguentou 85 dias. "Meu corpo começou a papocar e quando tomei banho tive um choque térmico que durou três dias. Fiz isso porque fui rejeitado pela sociedade intelectual de Mossoró", conta.
Paulinho Cariri nos conta que foi para o Lixão de Aracati em 2007, depois de passar quatro meses dando oficina na Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci), da Prefeitura de Fortaleza. "Antes eu era um sonhador no meio do mundo. Hoje eu sou também um catador de material reciclável com o objetivo de realizar um sonho", declara sem parar de andar e mostrar objetos que coleciona e também suas produções artísticas.
No local, Paulinho Cariri criou uma espécie de "casa de lixo" com coisas que vai garimpando. Tem sala, quarto, cozinha e até galeria onde expõe suas obras que diz não vender porque a arte foi um dom que Deus lhe deu para presentear e expor.
"Hoje eu sobrevivo integralmente do lixo. Tenho um organismo de porco. Já comi alimento vencido há três anos", diz, mostrando, em sua "dispensa" um pacote de macarrão, feijão, um pote de maionese e outras coisas difíceis de decifrar num olhar.
"Já tô com saudade porque isso aqui vai acabar... Vai virar aterro... Todo mundo para um dia... Eu quero ter um lixão no meu quintal! Quero ser enterrado no lixo", declara ao ser perguntado sobre a implantação da nova Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
Depois de 17 anos de dread, 20 de estrada e mais alguns de lixão, Paulinho Cariri usa, além de quadros, esculturas e instalações, a poesia para se autodefinir e falar.
Francisco Daniel dos Santos, 30 (11 no lixão de Aracati), afirma que Paulinho Cariri ajuda a animar o duro dia a dia. Ele conta que 40 catadores trabalham no local e que todos estão cansados de promessas de políticos. O material coletado é repassado a um atravessador de Cascavel, outro município praiano, que fica a 86,9 quilômetros de Aracati e a 68,6 quilômetros de Fortaleza.
Precursor
Em Fortaleza, entre a década de 1970 e 1990, nós tivemos Zé Pinto a mover nossos sentidos ao transformar sucatas em esculturas que remetiam à nossa cultura popular e à natureza. Menino, Francisco Magalhães Barbosa já produzia os próprios brinquedos. Homem maduro, passou a transformar em arte alumínio amassado, pregos envergados, molas disformes, numa época que ainda nem se falava em reciclagem.
Para expor o trabalho, Zé Pinto também reinventou a galeria, ao socializar a arte em espaços ao ar livre. Em 1975, expôs, no canteiro central da Avenida Bezerra de Menezes, em Fortaleza, uma escultura de Luiz Gonzaga, confeccionada a partir de para-choques, parafusos e outras sucatas de carro. Espirituoso, Zé Pinto batizou de Pintódromo o canteiro que funcionou como a vitrine de suas obras por muitos anos.
Logo as criações de Zé Pinto foram expostas em museus, praças, prédios e ruas de Fortaleza. Mas rapidamente transpuseram divisas e fronteiras do Ceará, do Nordeste e do Brasil. Sua produção artística pode ser encontrada em museus de Portugal e do Vaticano, e também em acervos particulares em Frankfurt e Colônia, na Alemanha, bem como em Nova York e New Hampshire, nos Estados Unidos. Ele parou de produzir em 1996, quando ficou viúvo e nos deixou em 2004.
Experimentação
Mais recentemente, o brasileiro tem na figura de Vik Muniz uma referência de artista plástico que, ao experimentar materiais e novas mídias, fez uma interessante incursão pelo mundo dos resíduos sólidos. Radicado em Nova York, em 2010 ele teve o documentário "Lixo Extraordinário", sobre o seu trabalho como catadores de materiais recicláveis no aterro de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias (RJ), premiado no Festival de Sundance. No Festival de Berlim em 2010, foi agraciado em duas categorias.
Às moscas
Subindo o Rio Jaguaribe, não muito distante de Aracati fica o município de Limoeiro do Norte, a 209 quilômetros da Capital, Fortaleza. Chegamos ao lixão da cidade, às 16 horas, horário de luz perfeita para belas fotos, mas fomos recebidos apenas por moscas, muitas moscas mesmo.
Tantas que nem dava para abrir a boca ou os olhos. Só na manhã seguinte ficamos sabendo que os catadores só permanecem no local até 13h30 por causa da praga, e ainda assim, cobrem os ouvidos para evitá-las.
Quem nos deu essas informações foi Maria Rubens Saldanha Bezerra, 45, presidente da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis Bom Jesus Sul, com atuação no Lixão de Limoeiro do Norte, que encontramos em plena atividade.
Ela conta que já estava tudo certo para os catadores ocuparem um armazém, já disponibilizado pela Prefeitura, até com documentação, mas uma empresa privada ocupou o local. Ainda segundo suas informações de Maria Saldanha, a Procuradora Regional do Trabalho (PRT) já está questionando isso judicialmente. "Não entendo por que a Prefeitura não cedeu pros catadores e cedeu pra uma empresa, que tem muito mais condições", queixa-se.
Maria, que entrega o cargo de presidente da Associação em novembro, atua há 25 anos no Lixão de Limoeiro do Norte, onde hoje trabalham 37 catadores. No momento, eles se organizam para fundar uma cooperativa. "Só falta um local porque debaixo do sol não dá mais. Já estamos muito cozinhados", diz.
MARISTELA CRISPIM
EDITORA
Nesta nossa incursão pelos lixões do Estado do Ceará, antes mesmo de parar o carro, no lixão de Aracati, município praiano localizado a 154 quilômetros de Fortaleza, uma figura curiosa, vestida com paletó, camiseta de divulgação dele mesmo e com dreads nos cabelos, nos chamou a atenção. Pelo visto, também chamamos a atenção dele, que, mesmo sem largar os vasilhames que conduzia para pegar água, foi até nós, ávido por divulgar o trabalho que vem desenvolvendo naquele lugar.
Poeta, compositor, artista plástico, decorador exótico, fotógrafo, artesão, arte educador, voluntário, tecelão, ombro amigo, lixeiro e liso. Assim Paulo Pereira da Silva (foi duro arrancar esse nome dele) ou simplesmente Paulinho Cariri, 47, se define. Nascido e criado em Aracati, se intitula, também, como guevariano e ex-militante pró-Lula.
Sua ideia atual, de montar o maior museu do lixo da América Latina, surgiu a partir de uma experiência vivida entre os anos de 2004 e 2006. Seu objetivo era passar 100 dias sem banho, no lixão de Mossoró, município litorâneo do Rio Grande do Norte localizado a 92,4 quilômetros de Aracati e a 278 quilômetros de Natal. "Eu gosto de desafios", afirma o poeta do lixo. Só que essa empreitada em terras potiguares não foi a bom termo. Ele só aguentou 85 dias. "Meu corpo começou a papocar e quando tomei banho tive um choque térmico que durou três dias. Fiz isso porque fui rejeitado pela sociedade intelectual de Mossoró", conta.
Paulinho Cariri nos conta que foi para o Lixão de Aracati em 2007, depois de passar quatro meses dando oficina na Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci), da Prefeitura de Fortaleza. "Antes eu era um sonhador no meio do mundo. Hoje eu sou também um catador de material reciclável com o objetivo de realizar um sonho", declara sem parar de andar e mostrar objetos que coleciona e também suas produções artísticas.
No local, Paulinho Cariri criou uma espécie de "casa de lixo" com coisas que vai garimpando. Tem sala, quarto, cozinha e até galeria onde expõe suas obras que diz não vender porque a arte foi um dom que Deus lhe deu para presentear e expor.
"Hoje eu sobrevivo integralmente do lixo. Tenho um organismo de porco. Já comi alimento vencido há três anos", diz, mostrando, em sua "dispensa" um pacote de macarrão, feijão, um pote de maionese e outras coisas difíceis de decifrar num olhar.
"Já tô com saudade porque isso aqui vai acabar... Vai virar aterro... Todo mundo para um dia... Eu quero ter um lixão no meu quintal! Quero ser enterrado no lixo", declara ao ser perguntado sobre a implantação da nova Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
Depois de 17 anos de dread, 20 de estrada e mais alguns de lixão, Paulinho Cariri usa, além de quadros, esculturas e instalações, a poesia para se autodefinir e falar.
Francisco Daniel dos Santos, 30 (11 no lixão de Aracati), afirma que Paulinho Cariri ajuda a animar o duro dia a dia. Ele conta que 40 catadores trabalham no local e que todos estão cansados de promessas de políticos. O material coletado é repassado a um atravessador de Cascavel, outro município praiano, que fica a 86,9 quilômetros de Aracati e a 68,6 quilômetros de Fortaleza.
Precursor
Em Fortaleza, entre a década de 1970 e 1990, nós tivemos Zé Pinto a mover nossos sentidos ao transformar sucatas em esculturas que remetiam à nossa cultura popular e à natureza. Menino, Francisco Magalhães Barbosa já produzia os próprios brinquedos. Homem maduro, passou a transformar em arte alumínio amassado, pregos envergados, molas disformes, numa época que ainda nem se falava em reciclagem.
Para expor o trabalho, Zé Pinto também reinventou a galeria, ao socializar a arte em espaços ao ar livre. Em 1975, expôs, no canteiro central da Avenida Bezerra de Menezes, em Fortaleza, uma escultura de Luiz Gonzaga, confeccionada a partir de para-choques, parafusos e outras sucatas de carro. Espirituoso, Zé Pinto batizou de Pintódromo o canteiro que funcionou como a vitrine de suas obras por muitos anos.
Logo as criações de Zé Pinto foram expostas em museus, praças, prédios e ruas de Fortaleza. Mas rapidamente transpuseram divisas e fronteiras do Ceará, do Nordeste e do Brasil. Sua produção artística pode ser encontrada em museus de Portugal e do Vaticano, e também em acervos particulares em Frankfurt e Colônia, na Alemanha, bem como em Nova York e New Hampshire, nos Estados Unidos. Ele parou de produzir em 1996, quando ficou viúvo e nos deixou em 2004.
Experimentação
Mais recentemente, o brasileiro tem na figura de Vik Muniz uma referência de artista plástico que, ao experimentar materiais e novas mídias, fez uma interessante incursão pelo mundo dos resíduos sólidos. Radicado em Nova York, em 2010 ele teve o documentário "Lixo Extraordinário", sobre o seu trabalho como catadores de materiais recicláveis no aterro de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias (RJ), premiado no Festival de Sundance. No Festival de Berlim em 2010, foi agraciado em duas categorias.
Às moscas
Subindo o Rio Jaguaribe, não muito distante de Aracati fica o município de Limoeiro do Norte, a 209 quilômetros da Capital, Fortaleza. Chegamos ao lixão da cidade, às 16 horas, horário de luz perfeita para belas fotos, mas fomos recebidos apenas por moscas, muitas moscas mesmo.
Tantas que nem dava para abrir a boca ou os olhos. Só na manhã seguinte ficamos sabendo que os catadores só permanecem no local até 13h30 por causa da praga, e ainda assim, cobrem os ouvidos para evitá-las.
Quem nos deu essas informações foi Maria Rubens Saldanha Bezerra, 45, presidente da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis Bom Jesus Sul, com atuação no Lixão de Limoeiro do Norte, que encontramos em plena atividade.
Ela conta que já estava tudo certo para os catadores ocuparem um armazém, já disponibilizado pela Prefeitura, até com documentação, mas uma empresa privada ocupou o local. Ainda segundo suas informações de Maria Saldanha, a Procuradora Regional do Trabalho (PRT) já está questionando isso judicialmente. "Não entendo por que a Prefeitura não cedeu pros catadores e cedeu pra uma empresa, que tem muito mais condições", queixa-se.
Maria, que entrega o cargo de presidente da Associação em novembro, atua há 25 anos no Lixão de Limoeiro do Norte, onde hoje trabalham 37 catadores. No momento, eles se organizam para fundar uma cooperativa. "Só falta um local porque debaixo do sol não dá mais. Já estamos muito cozinhados", diz.
MARISTELA CRISPIM
EDITORA
Ministra Maria do Rosário vai lançar o plano Viver sem Limite em Aracati
Por Cleide Bravo, de Aracati
– CE.
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), Maria
do Rosário, anunciou na terça-feira (10), o lançamento do programa Viver
sem Limite – Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, no
município de Aracati, interior do Ceará.
A decisão foi tomada durante reunião realizada com o
deputado José Airton, o secretário de Educação de Aracati, Francisco José
Mendes, o escritor Crispiniano Neto, o diretor de Políticas Temáticas da SDH,
Luiz Clóvis Guido Ribeiro e o chefe de gabinete substituto, Antônio Carlos
Soares.
Na oportunidade, o secretário de Educação pediu apoio da
secretaria para a implementação de uma política de acessibilidade no município,
por meio de uma educação especializada. Segundo Mendes, Aracati conta com 43
escolas e 10 centros de educação infantil, nenhum com programa de
acessibilidade.
“Temos a demanda de atender 300 crianças portadoras de
necessidades especiais. Hoje, conseguimos atender apenas 100 com diferentes
níveis de deficiências. A adesão ao Viver sem Limite vai ajudar a ampliar nossa
atuação”, comentou o secretário.
Para o secretário de Educação de Aracati, “muitas vezes
as crianças não vão a escola não é porque não gostam de estudar, mas porque não
tem como chegar até lá”.
De acordo Maria do Rosário, diversos estados brasileiros
já estão sendo adaptados e beneficiados com o Viver sem Limite que tem entre as
metas oferecer o programa Escola Acessível, que disponibiliza recursos
financeiros às escolas públicas, para a promoção de acessibilidade
arquitetônica nos prédios escolares e compra de materiais e equipamentos de
tecnologia assistida.A implantação das salas de recursos multifuncionais e
transporte escolar acessível também são contemplados dentro do plano.
A Secretaria de Direitos Humanos ficou responsável de
elaborar uma pauta de ações para a melhoria da qualidade de vida das pessoas
com deficiência em Aracati, incluindo a data de lançamento do Viver sem Limite.
Fonte: http://www.aracati.ce.gov.br/ministra-maria-do-rosario-vai-lancar-o-plano-viver-sem-limite-em-aracati/
Aquiraz: SEDUC lança edital de seleção para contrato temporário
EDITAL DE ABERTURA DO
PROCESSO DE SELEÇÃO DE PESSOAL TEMPORÁRIO PARA A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO
MUNICIPIO DE AQUIRAZ
Nº 01/2013,
DE 17 DE SETEMBRO DE 2013.
O
PREFEITO MUNICIPAL DE AQUIRAZ, no exercício das atribuições legais que lhe são
conferidas na LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE AQUIRAZ, torna público, para
conhecimento dos interessados, que se encontram abertas, as inscrições para SELEÇÃO DE PESSOAL TEMPORÁRIO para
exercer funções junto a Secretaria de Educação do Município de Aquiraz. MAIORES INFORMAÇÕES ACESSE: http://www.aquiraz.ce.gov.br/noticias_detalhes.php?cod_noticia=221
Icapuí levado a sério
Por Ivan Souza, de
Icapuí – CE.
Há tempos que se faz
necessário iniciarmos em Icapuí um amplo debate sobre as condições de vida da
população em busca de soluções para os principais problemas de nosso município.
As perspectivas giram em torno de um projeto que vislumbre um audacioso conjunto
de ações que visem o desenvolvimento para o município como lógica primordial
desse debate, visto que a crise econômica por que passa o município é latente,
em virtude da decadência que vive o principal setor econômico local,
ocasionando uma demanda cada vez maior na busca por trabalho e renda.
A construção de um
modelo que permita o município avançar nas políticas públicas de inserção no
mercado de trabalho, em especial da juventude, passa na visão comunista pela
consolidação de um projeto sólido que tenha como sustentáculo ações em algumas
áreas estratégicas dentre elas, o turismo que se destaca em virtude do
potencial natural que o município dispõe. Este necessita de ações que vão desde
os portais de entrada da cidade até políticas de investimentos na rede de
pousadas e restaurantes para melhor incrementar essas estruturas como forma de
atrair um maior contingente de turista.
Neste cenário
apresentado é de extrema importância a bandeira da estrada que ligará
Icapuí-Aracati a Jaguaruana capitaneada pelo PCdoB, tendo a frente o vereador
Marcos Nunes, que goza do apoio de parlamentares como os deputados Lula Morais
(PCdoB) e José Airton (PT), estadual e federal respectivamente se apresenta
como uma possibilidade real de desenvolvimento para as comunidades que se
situam na região a ser contemplada.
Parte desse sonho
já está assegurada pelo Governador Cid Gomes a outra deve ser fruto de uma luta
a ser travada por todos os interessados em alavancar o progresso e o
desenvolvimento do nosso município. Destacamos a ligação entre essas três
cidades, por entendermos que este investimento deverá em muito impulsionar o
município tanto na esfera do turismo, do comércio, da agropecuária e em
especial, na fruticultura área extremamente forte na região, levando-se em
consideração os números nacionais e internacionais da Agrícola Famosa principal
empresa do setor.
As demandas
apresentadas pela população sempre que tem oportunidade de nos cobrar enquanto
representantes do povo vão de encontro a tudo que elencamos acima, nos fazendo
acreditar que Icapuí necessita de um novo caminho pautado no diálogo que possa
fundir um projeto político-administrativo estruturado em três eixos principais:
a Democracia, a Igualdade e o Desenvolvimento.
Qualquer
diagnóstico feito nesse sentido identificará que em Icapuí persiste há pouco
mais de uma década um quadro social e político que precisa ser superado, de
modo que se faz necessário apontar com propostas capazes de trazer esperança e
oportunidades para nossa gente.
Dentre as propostas,
contemplar algo que permita maiores oportunidades de acesso aos serviços
públicos de qualidade é algo primordial, visto que é a população mais carente
que mais precisa de atenção por parte do Poder Público e são estes que,
indubitavelmente necessitam ter acesso aos direitos que lhes são garantidos
pela Constituição e pelas leis e na grande maioria das vezes são negados.
Todas as dificuldades
que hoje fazem parte do cotidiano do nosso povo demonstram que é preciso reunir
cada vez mais ânimo, entusiasmo e disposição para caminhar ao lado daqueles que
acredita que é possível e necessário avançar. É inadmissível que o município de
Icapuí tenha convivido e ainda "conviva" com situações só
identificadas há 30 anos passados em virtude da falta de compromisso e vontade
politica daqueles que se diziam e/ou dizem representantes do povo.
Renovar a esperança de
que os nossos munícipes ainda terão a convicção de que as escolas, as moradias
dignas, o esporte, os hospitais, as estradas e os empregos, tantas vezes prometidos
e propagandeados, finalmente poderão fazer parte de forma natural do nosso
cotidiano é algo imprescindível para o desenvolvimento de nossa cidade.
Fonte: Blog do Vereador marcos Nunes/PC do B
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Presidente visita Aracati para definir sobre nova fábrica
Paulo Grings, presidente
da empresa, disse em entrevista ao O POVO que são boas as condições oferecidas
pelo Ceará. Fábrica produziria 6 mil pares/dia
Nathália Bernardo nathaliab@opovo.com.br
Paulo Grings, da
Piccadilly: condições oferecidas pelo Ceará são oportunidades de descentralizar
produção da empresa
O presidente da gaúcha
Piccadilly, Paulo Grings, visitará Aracati na próxima segunda-feira para
definir sobre a instalação de uma fábrica no Município. A ideia é aproveitar
mão de obra e instalações da Agabê, que está sendo desativada. Em entrevista ao O
POVO, Grings disse que são boas as condições oferecidas pelo Ceará,
apresentadas em visita da Agência de Desenvolvimento do Estado (Adece).
Segundo Grings, ao
aproveitar a infraestrutura da Agabê, seria possível iniciar a produção em
cerca de 90 dias. A fábrica teria uma média de 400 funcionários – número
próximo ao que tinha a Agabê -, com capacidade de produção de 6 mil pares de
calçados por dia. O investimento necessário ainda não foi levantado. “Isso vai
depender do que produziremos. Se produto de maior valor agregado maior ou
menor. Possivelmente será de menor valor agregado”, diz Grings. Ele ressalta
que as conversas ainda são preliminares, sendo fundamental a visita a ser feita
na próxima semana. A decisão sobre a instalação, ele afirma, pode levar até
quatro meses.
As seis fábricas da
Piccadilly são no Rio Grande do Sul e Grings diz que as condições oferecidas
pelo Ceará são oportunidade de descentralizar a produção, ficando mais próxima
do mercado do Norte e Nordeste e também de outros países. “Chegaríamos ao Ceará
visualizando benefícios como mão de obra, proximidade com mercados consumidores
e frete”. Essas condições, explica Grings, são muito diferentes das encontradas
no Rio Grande do Sul. “O estado do Rio Grande do Sul está em situação
financeira ruim. Se pudesse oferecer alguma coisa, ofereceria. O custo da mão
de obra é alto”.
Grings explica que a
expansão já estava nos planos da Piccadilly e, caso não o que encontrem em
Aracati não atenda aos desejos da empresa, ele não descarta uma planta da
empresa em outro município cearense. “Lá (na área da Agabê), existem pavilhões.
Pelo que vimos em fotos, podemos produzir neles. Se não agradar, vamos
procurar. Temos relacionamento bom com o polo de Juazeiro do Norte, temos
muitos amigos que sabem da nossa ideia”.
Sobre exportações,
Grings explica que essa seria uma possibilidade da fábrica cearense, apesar de
não ser o foco. “Somos empresa brasileira que exporta para 92 países. Nosso
foco maior é interno. Exportamos 25%, 30%, um percentual que procuramos
manter”. Ele diz ainda que as fábricas da empresa trabalham com quase a
totalidade da capacidade instalada, sendo importante a reserva que pode ser
criada com uma nova unidade, mesmo ante momento de arrefecimento do consumo.
“Não é um bom momento, mas é hora de começar a conversar. Crises são momentos
de oportunidade. Quando o mercado estiver bom, a gente ter uma coisa
garantida”, conclui.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
A gaúcha A. Grings
Piccadilly foi fundada em 1955 no município de Igrejinha (RS). Com seis
fábricas no Estado, tem 4.000 colaboradores. A empresa soma 7 mil pontos de
vendas no País e, no Exterior, são 21 lojas exclusivas.
> TAGS: piccadilly ceará agabê aracati
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Alteração de edital no concurso público em Icapuí
O Ministério Público do Estado do Ceará enviou uma
recomendação ao prefeito de Icapuí, ao Instituto Bezerra Nelson Ltda e à
comissão responsável pelo concurso público municipal previsto para ocorrer nos
próximos dias 22 e 29 de setembro. O pedido é para que o edital do certame seja
retificado em relação à exigência para os cargos de turismólogo e técnico em
radiologia. A recomendação foi enviada no último dia 12 pelo promotor de
Justiça Adriano Jorge Pinheiro Saraiva.
No documento, o MP solicita que seja exigida a graduação
tecnológica para o exercício da função de turismólogo. O edital publicado pela
Prefeitura pede que o candidato tenha cursado o bacharelado em Turismo, mas
essa exigência fere o artigo 2º da lei federal nº 12.591/2012, que define a
atividade de turismólogo no Brasil. Além disso, o promotor de Justiça
pede que o salário para o cargo de técnico em radiologia seja alterado de R$
933 para R$ 1.720, sendo acrescido ainda sobre esse vencimento o percentual de
40% correspondente ao risco de vida e à insalubridade. O salário citado é o
mínimo a ser pago para um profissional da área.
Com base na lei 7.394/85, o MP recomenda ainda que a
jornada de trabalho dos técnicos seja de 24 horas semanais, e não de 40 horas,
como prevê o edital em questão. Outra retificação solicitada pelo Ministério
Público é que seja exigido diploma expedido por uma escola técnica de
radiologia para as pessoas que vão atuar na área. O Conselho Regional de
Radiologia – 2ª Região/CE representou junto ao Ministério Público para
contestar as cláusulas do edital.
É dado um prazo de cinco dias úteis para que o pedido
seja atendido. Em caso de descumprimento, o Ministério Público ressalta que
tomará as medidas cabíveis, incluindo o ajuizamento de uma ação civil pública.
Concurso da Câmara
Municipal
Também no dia 12 de setembro o promotor de Justiça
Adriano Jorge Pinheiro Saraiva ingressou com um mandado de segurança junto à
Vara Única da Comarca de Icapuí. A intenção é que a Câmara Municipal seja condenada
a convocar e nomear os aprovados no concurso público anunciado pelo edital nº
01/2002, de 14 de agosto de 2012. A publicação do resultado do certame se deu
em 4 de dezembro de 2012 e a homologação foi publicada no Diário Oficial nº
147/2013, de 8 de agosto de 2013.
No dia 19 de agosto, foi publicada a portaria de
convocação das pessoas que se classificaram dentro do número de vagas, mas a
Câmara Municipal não nomeou os aprovados, mesmo tendo sido procurada por várias
vezes pelo Ministério Público e pelos próprios candidatos.
“É oportuno observar que, se o poder público realizou
concurso e divulgou um determinado número de vagas, é porque precisa que essas
vagas sejam preenchidas pelos candidatos aprovados, que têm direito à
nomeação”, afirma o promotor no documento. Ele lembra ainda que já existe no
Brasil um entendimento por parte do Superior Tribunal Federal (STF) e do
Superior Tribunal de Justiça (STJ) de que o candidato classificado dentro do
número de vagas previstas em um concurso público tem direito líquido e certo à
nomeação.
Aquiraz: Quadrilha chefiada por presidiário é desarticulada
A Delegacia de Roubos e Furtos de
Veículos e Cargas (DRFVC) prendeu uma quadrilha chefiada por um
presidiário da Casa de Privação Provisória de Liberdade I (CPPL I). Nesta
terça-feira (17), foram apreendidas duas cargas roubadas de cosméticos e
eletroeletrônicos em sítios no Eusébio eAquiraz.
A operação do titular da DRFVC, delegado
Dionísio Amaral, passou a investigar o detento Antônio Fernando de Amorim Filho, que estava preso, desde o mês de
agosto deste ano, por crime de roubo de cargas. De acordo com o delegado,
Fernando é o chefe da quadrilha e repassava orientações aos criminosos dentro
do presídio. O homem também já foi preso em dezembro de 2012, pelo mesmo crime.
Também foram detidos Pedro Victor de Carvalho
Pereira, 19, Júlio Cesar Moreira Nobre, 25, e Antônio José da Silva, 43. O
último era responsável pelo aluguel dos sítios onde ficavam as
mercadorias. Já Pedro e Júlio conduziam caminhões, alugavam esconderijos
e revendiam as cargas. Os dois foram detidos nas suas respectivas residências,
localizadas no bairro José Walter.
Carga avaliada em R$ 80 mil
A carga roubada que foi apreendida é avaliada
em R$ 80 mil, mas a Polícia acredita que a quadrilha é responsável por outras
ações e avalia que somente durante o período das investigações são mais de R$
200 mil em cargas roubadas. Ainda de acordo com informações do delegado Dionísio
Amaral, a DRFVC possui informações de outros locais que podem abrigar cargas
roubadas e pretende apreender o restante do material.
Tags: Aquiraz, CPPL I, Eusébio, prisão, quadrilha presa, roubo de cargas
Portinari trabalho e jogo: Expo chega a Aracati
Por
Cleide Bravo, de Aracati – CE.
De
17 a 20 de setembro, o local de visitação - gratuita - será o Sesc Ler e, de 23
a 27 do mês, o acervo passará pelo Museu Jaguaribano, por escolas municipais e
estaduais.
Destinada
especialmente ao público infanto-juvenil, Portinari Trabalho e Jogo reúne
clássicas obras de Cândido Portinari reproduzidas em fotografia, como é o caso
de “Lavadeiras”, “Menino com Carneiro” (foto) e “O Sapateiro de Brodósqui”.
Outras
informações pela Internet: www.sesc-ce.com.br
Fonte: O POVO Online
Programação da Festa da Padroeira de Icapuí
Por Ivan
Souza, de Icapuí – CE.
Na semana em que acontecem os festejos em homenagem à Nossa Senhora da
Soledade, padroeira da cidade de Icapuí, jovens das diferentes comunidades da
paróquia se reuniram para discutir temas bastante ligados à juventude. O
encontro ocorreu no último domingo, das 7:00 às 17:00h, no ginásio desportivo
da escola Raimunda Lacerda, contando também com a participação de jovens das
paróquias de Aracati e Fortim.
O encontro oportunizou ricos momentos de interação entre os jovens, que
são agentes de pastorais e atuam em diferentes ministérios em suas comunidades.
Além da realização de oficinas temáticas, o evento proporcionou momentos
culturais e teve seu desfecho com a celebração da Santa Missa.
A festa da padroeira de Icapuí iniciou-se no dia 12 e será concluída no dia 22.
As novenas estão sendo realizadas todas as noites, às 19:00h, na igreja matriz.
Abaixo, segue a programação completa da festa.
Enviado por Ulisses
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Atenção Litoral Leste (I): UECE abre inscrições para o Vestibular 2014.1
A Universidade Estadual
do Ceará (Uece) por meio da Comissão Executiva do Vestibular (CEV) está
recebendo a partir desta segunda-feira
(16) até o dia 29 de setembro, inscrições para o primeiro Vestibular de 2014, exclusivamente pela internet. As
inscrições para o certame destinam-se a selecionar candidatos para os cursos de
graduação do primeiro período letivo de 2014. Estão sendo oferecidas 2.276 vagas, das quais 1.226 são para
os cursos da Capital e 1.050 vagas para
as Unidades da Uece no Interior do Estado. Informa o presidente da CEV,
professor Cleiton Batista Vasconcelos, a inscrição via internet será para
candidato pagante integral ou isento 50%.
A partir das 24h do dia
29 de setembro de 2013, o acesso à internet para geração da ficha eletrônica de
inscrição e do boleto bancário será bloqueado. O boleto bancário que poderá ser
gerado até as 23h59 do dia 29 de setembro (domingo), terá vencimento no dia 30
de setembro de 2013, último dia em que o candidato poderá pagá-lo.
A taxa de inscrição no
valor de R$ 100,00 poderá ser paga
na rede bancária ou nos estabelecimentos por ela credenciados, através de
boleto bancário emitido via internet, até o dia 29 de setembro, com vencimento
no dia 30 de setembro de 2013. Ao candidato será atribuída total
responsabilidade pelo correto preenchimento dos campos da ficha eletrônica de
inscrição e do boleto bancário. Na ficha Eletrônica de inscrição, o candidato
indicará o curso e a língua estrangeira (Inglês, Francês ou Espanhol) de sua
escolha.
As provas serão
aplicadas no dia 10 de novembro, a
1ª Fase (domingo), das 9 horas às 13 horas, com uma Prova de Conhecimentos
Gerais de múltipla escolha: Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, Geografia,
História, Matemática, Física, Química e Biologia. A 2ª Fase acontecerá
nos dias 08 e 09 de dezembro,
respectivamente (domingo e segunda-feira), com a realização de quatro Provas:
uma de Redação e três Específicas, de acordo com o curso de opção do candidato.
Mais informações podem ser obtidas na sede da CEV, no Campus
do Itaperi, situada na Av. Paranjana, 1700, no endereço eletrônico http://www.uece.br/cev/ ou pelos telefones 3101.9710
ou 3101.9711.
REDAÇÃO O ESTADO ONLINE
negreiros@oestadoce.com.br
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segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Músico, volante do Tiradentes já tocou em orquestra na Copa de 2006
César Sampaio conheceu
Alemanha, Noruega e Rio de Janeiro como baterista da Orquestra de Sopros de
Pindoretama, onde ficou até 2011.
Por Thaís Jorge Fortaleza, CE
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César Sampaio, jogador do Tiradentes e baterista de
Orquestra (Foto: Thaís Jorge)
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Duas das maiores paixões
de quase todo brasileiro, a música e o futebol se entrelaçam na vida de César Sampaio a ponto de ele próprio
não conseguir definir se é um jogador-baterista ou baterista-jogador. Hoje, o
rapaz de 23 anos é volante do Tiradentes.
Nesta segunda-feira (16), deve ser titular contra o Botafogo-PB, fora de casa, pelas quartas de final da Série D do
Campeonato Brasileiro.
Mas, antes da habilidade
com a bola no pé, César Sampaio trilhou, desde os 11 anos, um caminho na Orquestra de Sopros de Pindoretama,
cidade a 52 quilômetros de Fortaleza. Nascido em uma família formada por
músicos - avó, mãe, tios e irmãos tocam algum instrumento -, o volante do Tigre
da Polícia Militar chegou a se apresentar na programação cultural da Copa de Mundo de 2006, na cidade de
Hamburgo, durante o Fan Fest da Alemanha.
Nos anos seguintes, o
roteiro ficou ainda mais amplo: a Orquestra fez concertos na Noruega, em 2010,
e no Rio de Janeiro, em 2011. No Ceará, apresentou-se no Theatro José de
Alencar, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, no Conservatório Alberto
Nepomuceno, em solenidades para o ex-governador do Estado, Lúcio Alcântara, e
para o atual, Cid Gomes. César, que era o baterista titular, guarda a lembrança
das andanças que só se encerraram para ele em 2011, quando migrou para outro
sonho: o futebol.
- Desde pequeno, eu era
dividido. Gostava de música e de bola. Hoje, as pessoas da minha cidade devem
me conhecer mais pelo futebol. Mas estar na Orquestra me ajudou a ser um homem
de verdade. Tem uma certa rigidez, você precisa estudar teoria musical e ir ao
colégio. Então, ajuda os jovens a serem melhores. Eu aprendi muito - lembra o
jogador.
Trajetória
Nascido em Pindoretama, César Sampaio começou a
jogar futebol quando criança em um sítio alugado pela família. Apesar dos
avisos ao pai de que o menino teria futuro no esporte, só encontrou, de fato,
um clube de forma tardia, aos 22 anos. Antes, porém, seguiu os mesmos passos de
muitos dos familiares: ser músico. A avó era sanfoneira, assim como os tios, a
mãe Maria de Fátima Sampaio toca surdo, enquanto os dois irmãos e as duas irmãs
se dividem em sax alto, violino e surdo.
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César Sampaio e a
Orquestra no Theatro José de Alencar (Foto: Arley França/ Arquivo Pessoal)
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Inspirado em um dos
irmãos, César tomou o mesmo caminho. O Maestro Arley França, músico e pedagogo,
idealizador e fundador da Orquestra, lembra que, desde cedo, o hoje jogador já
chamava atenção e se destacava, por ser 'pequenininho' na época e bastante
talentoso.
“Ele sempre foi
dedicado, disciplinado." Arley França,
maestro da Orquestra
- Há uma prática que os
alunos que iniciam na percussão, com o passar do tempo viram o baterista
titular da Orquestra. Foi assim com o César. Em 2006, ele foi o baterista na
programação da Copa do Mundo da Alemanha. Em 2010, ele foi para a Noruega. Em
2011, ele viajou para o Rio de Janeiro. Como músico, ele sempre foi dedicado,
disciplinado, que são características importantes não somente para a música,
mas também para o futebol - elogia Arley França, maestro da orquestra que
existe desde 1999 e é mantida pela Associação dos Amigos da Arte (Aamarte).
Valorização como músico
Por conta dos concertos
no exterior, César andou pela primeira vez de avião, experimentou o tempo frio
e as comidas diferentes da Europa, conheceu um público que valoriza o trabalho
dos músicos das mais variadas nacionalidades.
- Na Alemanha, como as
pessoas iam para ver o jogo, tocávamos o Hino Nacional Brasileiro, além das
músicas brasileiras. Na Noruega, ficamos quinze dias tocando em restaurantes e
em praças. Senti que fomos mais valorizados que no Brasil. Não estou dizendo
que aqui as pessoas não vibram, mas lá é demais - compara.
Xote, frevo e MPB
entraram na lista dos ritmos e gêneros musicais preferidos do menino. No som,
Roupa Nova, Caetano Veloso e Ana Carolina também estão entre os especiais.
Luizinho Duarte, músico, compositor, arranjador, baterista e violonista, também
é referência dele. César Sampaio formou ainda, em paralelo, o Grupo Quixote,
juntamente com amigos, onde ficou até se mudar para Fortaleza para jogar
futebol. Hoje, ele mora na sede do Tiradentes, no bairro Antônio Bezerra.
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César Sampaio e a Orquestra
de Sopros de Pindoretama na Alemanha (Foto: Arley França/ Arquivo Pessoal)
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Presente e futuro
Após um mês de testes no
Tiradentes em 2012, o hoje volante ficou de vez na equipe ainda comandada por
Danilo Forte, treinador do Tigre da PM à época. Foi reserva no Campeonato
Cearense do ano passado, sendo depois emprestado ao São Benedito, que disputava
a segunda divisão do Estadual. Com a equipe do Interior, conquistou acesso para
a elite.
Em 2013, ficou titular
do Tigre no Cearense, mas o ano vem sendo marcado por contusões no tornozelo,
no joelho e na região do púbis. Retornou há cerca de um mês para a equipe do
técnico Danilo Augusto e, nesta segunda-feira, terá oportunidade como titular contra
o Botafogo-PB na vaga de Válter.
- Ninguém acreditava no
Tiradentes. A gente era como a zebra do campeonato. Nós somos guerreiros mesmo.
Você sabe que condições e dinheiro não temos. Não temos campo para treinar,
então tem de ser fora. Não há dinheiro para incentivar os atletas como em
outros times. Então, é só na vontade mesmo. A gente sabe que tem de ir em busca
de algo melhor na carreira e isso só acontece se o Tiradentes subir para a
Série C - acredita.
No futuro, não é difícil
descobrir a que o volante quer se dedicar.
- Penso em ajudar a
minha família. Dois sonhos que eu tinha, eu já consegui: tocar e jogar futebol.
Também quero ir para um time melhor e, mais no futuro, voltar para a música de
novo. Penso em estudar música, dar aulas, fazer um estúdio igual a esse daqui
(como o do Conservatório Alberto Nepomuceno, local da entrevista). Minha mãe
fala para eu ir logo organizando um estúdio, para quando acabar a carreira ter
algo certo - brinca.
- A busca pela perfeição
e o treino deixam a música e o futebol muito próximos. A disciplina e a força
de vontade que o César Sampaio demontra hoje, ele já tinha na época da
orquestra - finaliza o maestro Arley França, mostrando que o sonho de voltar
para música será para o volante, pelo visto, um destino certeiro.
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Atleta atuando contra o
Ferrão este ano (Foto: Reprodução/ Facebook / César Sampaio)
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Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/tiradentes/noticia/2013/09/musico-volante-do-tiradentes-ja-tocou-em-orquestra-na-copa-de-2006.html
Pindoretama: Rapadura gigante é produzida no Ceará
Doce com 5.113 toneladas foi produzido em três dias
A Maior rapadura do
Brasil foi produzida em Pindoretama,
na Região Metropolitana de Fortaleza (CE). O doce de 5.113 toneladas mede 1,8 m
de largura por 3,7 de comprimento e possui 27 centímetros de espessura. Foram
necessárias 30 toneladas de cana, dois mil quilos de açúcar e três mil litros
de mel para produzir a guloseima. Seis pessoas ficaram responsáveis pela
produção da receita.
O fiscal do RankBrasil,
Luciano Cadari, esteve no Complexo
Tradição para medir a iguaria. De acordo com a proprietária do engenho,
Maria do Socorro Pereira, conquistar
o recorde é motivo de muita alegria. “Nos sentimos muito vitoriosos. Graças a
Deus fizemos um trabalho que deu certo. Só da patente da rapadura ficar com o
Brasil, já foi uma vitória e agora que conseguimos o recorde estou muito
feliz”.
A recordista refere-se a
disputa que o Brasil teve com a Alemanha pela patente do doce. Em 2005
produtores brasileiros descobriram que uma empresa de alimentos orgânicos da
Alemanha, chamada Rapunzel, teria registrado a rapadura como uma marca de
açúcar orgânico no país e também nos EUA. Dessa forma, qualquer exportador
brasileiro que vendesse o produto com esse nome para os países seria obrigado a
pagar royalties à organização pelo uso da marca registrada. Assim começou uma
verdadeira luta dos fabricantes brasileiros para recuperar a patente para o
nosso país.
A rapadura é nossa!
A rapadura é nossa!
A ideia de fazer a receita gigante surgiu como protesto em 2006. Para Maria do Socorro, foi com muito esforço que os fabricantes brasileiros conseguiram a marca de volta. “Graças a muito protesto que a rapadura é nossa novamente. Foram três dias de manifestações e por isso, fizemos a gigante em 2006. Em 2007 foi feito de novo. Só em 2008 saiu a decisão e agora fazemos sempre para comemorar”. Na primeira edição o produto tinha 1.351 Kg.
Inclusão
Além do tamanho, outra novidade este ano é que os visitantes puderam participar do processo. Alunos de escolas públicas da região tiveram a oportunidade de preparar a receita. Turistas também puderam aprender como é feito o doce típico da cidade. O Nordeste é o maior produtor de rapadura do país e o Ceará lidera a lista.
Redação: Lilian da Cruz
Aquiraz: Maior renda do país é confeccionada no Ceará
Após sete anos e oito
meses de dedicação, rendeiras concluem peça gigante
A maior renda do país foi produzida em Aquiraz, na Região
Metropolitana de Fortaleza, no Ceará. 40 mulheres trabalharam durante sete anos
e oito meses na peça que mede 1,13 Km de extensão. As recordistas, com idades
entre 20 e 65 anos, produziram o exemplar em bilros que é feito com linha e
espinhos de mandacaru sobre uma almofada de palha de bananeira. Elas rendavam
nas horas vagas para concluir o desafio que assumiram em janeiro de 2006.
A ideia de entrar para o livro dos recordes foi do
coordenador do Complexo Artesanal de Aquiraz, Antônio Moreira Menezes, com o
propósito de divulgar o artesanato local e valorizar o trabalho das rendeiras.
De acordo com Rosimeire de Jesus Pacheco, que confecciona
renda há 32 anos, uma das preocupações do grupo é manter vivo os costumes do
local. “Eu aprendi fazer renda com a minha mãe e ela com minha avó. É tradição,
mas hoje em dia é difícil o jovem querer aprender. Por isso, nós incentivamos.
Estamos ensinando uma menina de onze anos no centro”.
Foi com muita paciência, carinho e dedicação que as
cearenses utilizaram seu tempo livre para concluir este projeto. A almofada de
rendar nunca ficava sozinha e as artesãs revezavam-se na produção da arte. Foi
com muita felicidade que elas receberam o título das mãos do fiscal do
RankBrasil, Luciano Cadari.
Para Rosimeire, o recorde é uma conquista de todas as
rendeiras. “É um orgulho muito grande para a gente, quantos anos passando e nós
trabalhando na renda. Cheguei pensar que não conseguiríamos. Cada uma fazia um
pedaço, fomos revezando, agora que terminamos é uma alegria para todas”.
Artesanato e economia local
Artesanato e economia local
Antes mesmo de ser concluída, a peça quilométrica já era procurada por turistas que passavam pela região. O turismo começou modificar o município a partir da década de 1980 mas atualmente, a maioria da população ainda vive da pesca e do artesanato. Durante a alta temporada, o local recebe mais de 400 turistas por dia.
O grupo é formado por vizinhas e amigas que trabalham na
produção de diversas peças. O complexo foi criado em 2001 e conta com 60 lojas.
Além das rendas de bilro, filé e renascença; são vendidos também bordados em
ponto cruz, redes de dormir e iguarias, como castanhas, cachaça e doces.
Cada profissional recebe ajuda de parentes ou colegas que
tecem em suas casas e repassam para as rendeiras que possuem boxes. Isso
acontece para produzir com maior rapidez. Já que o trabalho feito à mão exige
muito tempo e dedicação durante a confecção. Um metro de bilro demora em média
dois dias para ser produzido e custa apenas R$ 10. O tempo de produção para
confeccionar um vestido, por exemplo, é de um mês e a peça vendida por R$ 80 em
média.
Serviço
Serviço
A renda gigante permanece exposta no Complexo Artesanal de Aquiraz, na Rodovia CE 040, no quilômetro 40, município de Aquiraz, há 20 minutos de Fortaleza. O horário de funcionamento da Casa das Rendeiras é das 7 às 17 horas.
Conheça as recordistas:
Adriele
Ferreira da Silva
Antônia Lúcia Moreira Damasceno
Antônia Meneses
Antônia Torres Martins
Brena Kesia Pires de Freitas
Camila Lima da Silva
Célia Ferreira Lima
Celiana Ferreira Lima
Damiciane Souza de Oliveira
Edjane Freitas Câmara Lemos
Elandir Meneses da Silva
Eliane da Costa
Eliane Moreira Meneses
Elieuda Moreira Meneses
Eridan Moreira Meneses
Eva Maria Moreira de Souza
Everlane Souza de Andrade
Francisca Queiroz de Oliveira
Kellyane de Andrade Rebouças
Lucieuda Freitas Abreu Oliveira
Maria das Graças Ferreira Soares
Maria Glauciane Meneses Freitas
Maria Ivonete Alves da Silva
Maria Mozarina Inácio da Cunha
Maria Zuila Marques Ribeiro
Osmarina Pires de Freitas
Paula Rodrigues da Costa
Raimunda Nonata da Silva Chaves
Rosileide Oliveira da Silva
Rosilene de Jesus Pacheco Mendes
Rozimeire de Jesus Pacheco
Thaís Silva Rodrigues
Vânia Maria Lourenço da Silva
Zilda Moreira Meneses
Zildamir Moreira Meneses
Zildenéa Moreira Meneses
Zilma Moreira Meneses
Ziulene Moreira Meneses de Abreu
Zoraide Pereira da Silva
Zuila David de Souza
Antônia Lúcia Moreira Damasceno
Antônia Meneses
Antônia Torres Martins
Brena Kesia Pires de Freitas
Camila Lima da Silva
Célia Ferreira Lima
Celiana Ferreira Lima
Damiciane Souza de Oliveira
Edjane Freitas Câmara Lemos
Elandir Meneses da Silva
Eliane da Costa
Eliane Moreira Meneses
Elieuda Moreira Meneses
Eridan Moreira Meneses
Eva Maria Moreira de Souza
Everlane Souza de Andrade
Francisca Queiroz de Oliveira
Kellyane de Andrade Rebouças
Lucieuda Freitas Abreu Oliveira
Maria das Graças Ferreira Soares
Maria Glauciane Meneses Freitas
Maria Ivonete Alves da Silva
Maria Mozarina Inácio da Cunha
Maria Zuila Marques Ribeiro
Osmarina Pires de Freitas
Paula Rodrigues da Costa
Raimunda Nonata da Silva Chaves
Rosileide Oliveira da Silva
Rosilene de Jesus Pacheco Mendes
Rozimeire de Jesus Pacheco
Thaís Silva Rodrigues
Vânia Maria Lourenço da Silva
Zilda Moreira Meneses
Zildamir Moreira Meneses
Zildenéa Moreira Meneses
Zilma Moreira Meneses
Ziulene Moreira Meneses de Abreu
Zoraide Pereira da Silva
Zuila David de Souza
Redação: Lilian da Cruz
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