Pouco propagado em Fortaleza, mas tendência no
Sudeste, os telhados verdes ajudam a reduzir o consumo de energia e a
temperatura ambiente de um imóvel em até 4 graus celsius.
Tecnologia que
utiliza plantas naturais, terra e água, o teto verde precisa de correta
impermeabilização para evitar infiltrações no imóvel. O custo varia entre R$
800 a R$ 1000 o metro quadrado (m²), podendo ser maior dependendo do sistema
implantado.
“Atualmente há um
número restrito de empresas e profissionais capacitados para executar os
telhados verdes e um número ainda menor de fornecedores de componentes para sua
construção”, diz em nota o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável
(CBCS), justificando o custo elevado para implantar o equipamento.
Marcela
Brasileiro, arquiteta, também diz que os vários tipos do sistema são caros no
Brasil. Porém, para quem pode, investir no telhado verde traz o benefício
climático, afirma, com a propriedade de quem já o implantou em uma residência
no Alphaville Fortaleza.
A casa em que tem
telhado verde é da designer de interiores Katarine Medeiros. “A cobertura verde
fica por cima da laje e resfria o ambiente. Sem a vegetação, a laje receberia
toda a incidência da luz solar”, esclarece. Assim, juntamente com o telhado
verde e estrutura arquitetônica diferenciada, o imóvel recebeu o prêmio de
melhor arquitetura do Ceará em 2011 do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).
Outras construções
com tetos verdes ainda são difíceis de encontrar em Fortaleza. Como ainda não
há regulamentação para a aplicação do sistema natural, a Mota Machado optou por
aplicar um “conforto visual” no topo de alguns edifícios com o uso da grama
sintética, segundo Thaís Pinheiro, coordenadora de Planejamento e Controle da
Produção da Mota Machado. É o caso do
empreendimento da construtora, Riviera Beach Golf Residence, em Aquiraz.
Redução de calor
Dentre
as alternativas para atingir o conforto térmico em edificações existem as
superfícies frias ou reflexivas. Bem como o teto verde, elas podem ser
aplicadas em coberturas de edificações, sendo também viáveis para a construção
de ruas e espaços públicos. “O uso generalizado de superfícies reflexivas
poderia levar ao resfriamento das cidades e do planeta, mitigando os efeitos do
aquecimento global”, enfatiza o CBCS.
Quem utiliza desse
recurso de teto reflexivo é a C.Rolim Engenharia, com a utilização da tinta
hydronorth (telhado branco). Com essa tecnologia, a construtora obteve
pontuação na Certificação LEED (selo que certifica a sustentabilidade de uma
edificação), referente à redução do efeito de ilha de calor nos telhados. “A
tinta utilizada no Paço das Águas (bairro Dionísio Torres) reflete cerca de 82%
da energia solar”, diz Angela Saggin, da Coordenação Lean e Green da C.Rolim.
Além do teto
reflexivo, a empresa também incorporou o teto verde em algumas áreas do Paço
das Águas, com vegetação na laje do térreo do edifício e no contorno da varanda
do mezanino.
Altos
1. Teto verde reduz a temperatura ambiente do
imóvel
2. Reduzem ruídos externos
3. Purificam o ar
4. Podem ser utilizados para fazer a captação de
água e utilização dessa água
5. Economiza energia, pois reduz a necessidade
de aparelho de ar-condicionado e ventiladores
Baixos
1. A cadeia de fornecedores de
tetos verdes no país é ainda incipiente
2. Telhados verdes mal instalados podem causar
infiltrações e trazer consequências negativas para a saúde pública: problemas
cardiorrespiratórios
3. Exigem projetos e construções especiais,
aumentando o custo de qualquer obra
4. Precisam de manutenção frequente em itens como controle de raízes,irrigação, entre outros
Fonte: Imóveis – Jornal O povo (04/ 03/
15)
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