Este
promete ser o Carnaval do improviso no Estado do Ceará. No que depender da
alegria, a festa rola
Beberibe. A Prefeitura de Beberibe cancelou todas
as festas oficiais, assim como as de Cascavel e Pindoretama. Entretanto, o
Carnaval está garantido no Município pela galera dos paredões, que invadiu, na
tarde de ontem, a Marina do Morro Branco para ditar o tom da festa.
Enquanto a cidade de Beberibe estava com suas
ruas vazias, como se fora um domingo normal, todos os caminhos levavam à Praia
do Morro Branco, onde a concentração de paredões é a maior do Estado do Ceará
durante este período.
Músicas de duplo sentido, com refrões
apimentados, fizeram a festa. Dezenas de paredões ocuparam a rua principal da
Marina para delírio do público predominantemente jovem. Outra característica do
evento é a grande quantidade de pessoas usando fantasias criativas e
bem-humoradas. Como não poderia deixar de ser, o mela-mela também prevaleceu.
“Quando fui informada de que não haveria
Carnaval aqui fiquei triste. Mas, logo vi, pelas redes sociais, que não era bem
assim. Estava todo mundo combinando de vir pra cá. Já virou tradição. A maioria
de quem vem para cá não costuma mesmo ir para a praça à noite”, explicou a
auxiliar de enfermagem Laryssa Sales.
Com sua turma quase toda residente no Bairro
da Parquelândia, em Fortaleza, Laryssa promete agitar todos os dias na cidade
praiana. “Sem dúvida alguma. Não vou perder um só dia. Afinal de contas, é
apenas uma vez no ano”.
A assessoria de imprensa da Prefeitura de
Beberibe ressalta que o Município dará apenas o apoio logístico ao evento, por
meio de policiais solicitados, fiscais e ambulâncias. A festa tem hora para
começar e terminar, das 14 às 22 horas. O som dos paredões ficará restrito
apenas à área da Marina.
Muitas reclamações foram feitas por causa da
ausência de banheiros químicos no local. Ao contrário do que acontecia em anos
anteriores, até ontem à noite, os equipamentos não tinham sido instalados.
Quem não estava alojado em imóveis próximo à
Marina, resolvia o “problema” ali mesmo. Os amigos faziam uma “barreira” para
ajudar. Até mulheres recorreram a essa “alternativa”.
Em contrapartida, a presença de policiais,
inclusive da cavalaria, era ostensiva. Durante o período de cerca de três horas
que a reportagem esteve no local, não registrou nenhuma briga.
Além dos paredões, o tradicional mela-mela
fez a alegria dos brincantes, que não poupavam nada nem ninguém. Quanto mais
jovem, mais animado com a brincadeira, basicamente a base de espuma e amido de
milho, a popular maisena.
Fernando
Maia
Repórter
Fonte: Regional – Diário do Nordeste (15/ 02/ 15)
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