A medida foi tomada, por meio de decreto, na manhã desta
segunda (19), após acidente envolvendo dois turistas
Aracati. Estão suspensos
passeios de parapente na praia de Canoa Quebrada. A medida foi tomada
pela Prefeitura Municipal de Aracati, por meio de decreto, na
manhã desta segunda (19), após acidente no domingo envolvendo
dois turistas. A proibição está mantida até que se resolva uma série
de irregularidades, que já eram de conhecimento da própria Prefeitura.
Parapentistas participarão de uma reunião na tarde desta segunda (19) no
Conselho Comunitário de Canoa para serem comunicados do decreto.
“Foi a gota d’água, não
tem mais como permitir enquanto essa atividade não for regularizada”, afirma
Francisco Edivando Ferreira, o “Louro”, membro do Conselho Comunitário e
representante do poder público municipal na Vila. Neste primeiro período
de alta estação, que deve durar até o carnaval, mais de 100 voos
chegam a ser realizados em Canoa Quebrada.
Com a proibição, fiscais da
prefeitura farão monitoramento da área. Mas também isso será
temporário. Apesar de existir uma associação, não há fiscalização regular dessa
prática esportiva em Canoa Quebrada. Os pousos e decolagens dividem espaço
com as barracas e transeuntes pelas dunas, já tendo causado outros acidentes.
Na teoria, cada
passageiro é um aluno que assina um contrato para ter aulas de voo livre. Na
prática, são turistas que pagam por apenas um passeio (custo médio de R$ 100
por pessoa), incluído no roteiro de aventuras pela praia paradisíaca. Assim
foram os turistas Carlos Oliveira, de 61 anos, e Talita Aparecida de
Oliveira, de 26, pai e filha, vindos de Presidente Prudente, em São Paulo.
O piloto era Jerome Saunier, o “Jeronimo”, autor do primeiro voo de
parapente no Brasil e que há quase 25 anos exerce essa atividade em Canoa
Quebrada. Ele teria fraturado uma das pernas, mas até a tarde desta segunda
será submetido a novos exames. Os turistas tiveram escoriações, mas passam bem.
Uma rajada de vento teria
atingido o parapente em voo triplo. O equipamento perdeu sustentação e o piloto
e os dois passageiros foram arremessados contra o topo da falésia e arrastados
numa área calçamentada. De acordo com pilotos que testemunharam o acidente, o
tráfego intenso no espaço aéreo e os poucos ventos teriam para o acidente, além
do voo triplo (piloto e dois passageiros), cujo peso dificultaria manobras de
ajuste.
Fonte: Regional (Online) – Diário do Nordeste (19/
01/ 15)
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