Economia e armazenamento de
água estão na ordem do dia diante do quadro de chuvas irregulares no Ceará.
Acumular água, seja da chuva ou de outras fontes, para o consumo humano e de
animais, e para os afazeres domésticos, exige cuidados para evitar a
multiplicação do mosquito que transmite a dengue e a febre Chikungunya. Baldes,
potes, quartinhas, bacias, camburões e outros recipientes que guardam a água de
beber e para outros usos domésticos, assim como a caixa d'água, devem ser
mantidos limpos e fechados para evitar o risco de proliferação do Aedes
aegypti, que deposita os ovos em criadouros com água limpa e parada. Para
impedir a desova, é fundamental eliminar todos os potenciais focos do mosquito
transmissor. Se isso não for possível, é necessário que todos os locais de
armazenamento de água sejam mantidos bem fechados e protegidos com telas e
tampas adequadas. É importante ressaltar que o tratamento da água não substitui
a necessidade de remoção e proteção dos potenciais criadouros do Aeds aegypti.
Os ovos da fêmea do mosquito são depositados nas paredes do criadouro,
bem próximo à superfície da água, porém não diretamente sobre o líquido. Daí a
importância de lavar, com escova ou palha de aço, as paredes dos recipientes
que não podem ser eliminados, onde o ovo pode permanecer grudado. Em condições
ambientais favoráveis, após a eclosão do ovo, o desenvolvimento do mosquito até
a forma adulta pode levar um período de 10 dias. Por isso, a eliminação de
criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana. Assim, o ciclo de
vida do mosquito será interrompido. Além desse cuidado, é preciso evitar que
água de chuva se acumule sobre a laje, guardar garrafas sempre de cabeça para
baixo, encher até a borda os pratinhos dos vasos de planta, eliminar
adequadamente o lixo que possa acumular água, como pneus velhos, latas,
recipientes plásticos, tampas de garrafas, copos descartáveis e até cascas de
ovos.
Fumacê
Para auxiliar no controle da dengue, a
Secretaria da Saúde do Estado inicia nesta segunda-feira, 23 de fevereiro, a
segunda fase da operação de pulverização espacial UBV pesado (fumacê) em 21
municípios. Como foi feito antes do Carnaval, serão utilizados dez equipamentos
Ultra-Baixo Volume (UBV) pesado acoplado em veículos e duas equipes de UBV
portátil (costal motorizado) para cobrir um total de 7.739 quarteirões, até o
dia 28. Em Fortaleza serão cumpridos oito itinerários em oito bairros.
Cais do Porto, Jacarecanga, Mucuripe, Praia de Iracema, Praia do Futuro I,
Praia do Futuro II, Meireles, Varjota e Vicente Pinzon. Na capital serão
cobertos 1.240 quarteirões. A orientação aos moradores é para que abram às
janelas durante a passagem do fumacê para que o inseticida possa agir e eliminar
os mosquitos adultos.
Além de Fortaleza, a operação vai percorrer os municípios de Aquiraz,
Pindoretama, Aracati, Itaiçaba, Icapuí, Fortim, Beberibe, Cascavel, Jijoca de
Jericoacoara, Acaraú, Itarema, Cruz, Amontada, Itapipoca, Trairi, Paraipaba,
Paracuru, São Gonçalo do Amarante, Caucaia e Camocim, com cobertura de fumacê
nas sedes dos municípios e praias do Litoral Leste e Litoral Oeste. O fumacê,
nome popular para a Pulverização espacial UBV, é um procedimento que consiste
na liberação via aérea de gases, que agem, por contato, atingindo os mosquitos
adultos em voo. Cerca de 90% dos focos do Aedes aegypti, mosquito que transmite
a dengue, são encontrados dentro de casa.
Foram notificados este ano 2.262 casos suspeitos de dengue em 91
municípios do Estado. Conforme o boletim epidemiológico divulgado na
sexta-feira, 13 de fevereiro, foram confirmados 344 casos em 37 municípios. Com
relação aos casos graves, foram confirmados nove casos de Dengue com Sinais de
Alarme em sete municípios.
DA
REDAÇÃO O ESTADO ONLINE
Fonte: Governo do Estado
(NR)
Fonte: Governo do Estado
(NR)
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