Disponível
no Estado desde 2013, o serviço saltou de 31.316 para 151.561 chips ativos em
2014
A disponibilidade de serviço em apenas duas
cidades - Fortaleza e Aquiraz - não
inibiu os cearenses e a quarta geração de telefonia móvel (4G) só tem aumentado
o número de usuários desde que foi lançada, no início de 2013, apesar dos
preços altos e da qualidade do serviço. No último ano, quando ocorreu a Copa do
Mundo de Futebol - evento apontado pelo governo como o principal motivo para
implantar a nova tecnologia no País - o número de linhas ativas no Ceará
cresceu quase cinco vezes. Foi um salto de 31.316 para 151.561 chips
conectados, o que também significa uma expansão de 383,9% na base de usuários.
O número, no entanto, representa apenas 1,3%
das 11,6 milhões de linhas de telefonia móvel ativas no Estado, de acordo com
dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Já no País, onde o
serviço está disponível em 147 cidades (das quais 23 são capitais e mais o
Distrito Federal), a Agência, responsável pela regulação do setor, contabilizou
6,7 milhões de acessos móveis 4G em dezembro do ano passado - 416% maior que as
linhas ativas em janeiro do ano passado.
Índices nada pequenos para um serviço que
chegou desacreditado. Quando o governo anunciou com ares de urgência a
implantação do serviço já com data marcada - três meses antes do Mundial de
Futebol -, as teles chegaram a organizar um coro contra a necessidade do 4G,
argumentando que o 3G ainda tinha muito a crescer e lamentando os preços do
leilão.
A expectativa anunciada na época era de que
as operadoras teriam de investir R$ 4 bilhões entre 2013 e 2015.
Enquanto isso, os usuários desacreditavam a
nova tecnologia, amparados no histórico do 3G, cujo sinal não dava conta - como
ainda hoje não dá - da necessidade da maioria dos clientes.
Capital
x Interior
No entanto, apesar das lamentações, o consumo
de tecnologia pelos cearenses cresce até onde não há o sinal disponível. O
relatório divulgado pela Anatel com dados consolidados de 2014 aponta que o
Interior conta com mais de 34 mil chips 4G ativos. Nada demais, se a única
cidade cujo DDD 88 - que indica ser fora da Região Metropolitana de Fortaleza -
onde há a tecnologia disponível é Aquiraz,
onde só existe sinal nesta frequência pela Vivo.
Porém, a operadora só conta com 1.263 linhas
4G com DDD 88. A maioria das ativações fora de Fortaleza pertence à TIM
(26.029), que só tem cobertura na nova geração da telefonia na Capital
cearense. A Oi possui 1.704 e a Claro 5.309, conforme o mesmo relatório da
Anatel.
A explicação para a ativação de linhas 4G
fora do alcance das antenas, segundo informam as próprias teles, é que o
serviço está disponível mesmo se o cliente não estiver dentro da área de
cobertura, ou seja, o usuário contrata o plano, usa o 3G como tecnologia
principal e, sempre que estiver próximo à uma antena 4G, ele terá a frequência
à disposição.
Para tal, entretanto, é necessário também que
haja um equipamento (smartphone, tablet ou modem) compatível.
Já em Fortaleza, onde o 4G pode ser
contratado desde janeiro de 2013, existem 117.256 chips em funcionamento. O
número representa uma expansão semelhante ao total do Estado, com crescimento
de 372,7% sobre as 24.802 linhas ativas há dois anos.
Corrida
pela liderança
Diferente do que vemos na disputa pelo
mercado de telefonia móvel como um todo no Ceará, a TIM não disputa o mercado
com a Oi, pois possui liderança isolada na nova geração, com 54,23% de todas as
linhas ativas - ou 82.201 chips.
A Oi, por sua vez, é a segunda na preferência
dos usuários cearenses, vindo bem distante da primeira colocada, ao registrar
34.410 contratos 4G, o que representa 22,7% do total. Em seguida, vem a Claro
(20.907 e 13,79% do mercado) e, então, a Vivo (14.043 e 9,26%).
Mais
informações
Para consultar os planos 4G, é preciso
acessar os sites:
Claro:
Oi:
TIM
Vivo:
Armando
de Oliveira Lima
Repórter
Repórter
Fonte: Negócios – Diário do Nordeste (22/ 02/ 15)
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