Imagem meramente ilustrativa retirada do Google Imagens |
No último final de
semana e ontem, o tempo “ficou bonito” e choveu, tanto na Capital como em
outras regiões do Estado. Mas, o quadro da estiagem no Estado permanece.
Após analisar modelos atmosféricos, a Fundação Cearense de Meteorologia e
Recursos Hídricos (Funceme), mais uma vez, prevê maior probabilidade de chuvas
abaixo da média histórica no próximo trimestre.
O prognóstico
elaborado pela Funceme e divulgado sexta-feira (20), mostra que as condições termodinâmicas
dos oceanos Pacífico e Atlântico não sofreram relevantes alterações em
fevereiro e, dessa forma, permanecem desfavoráveis para precipitações regulares
no Estado entre os meses de março, abril e maio. De acordo com os dados
analisados, as chances que chova abaixo da média, nos três últimos meses da
quadra chuvosa, são de 50%, enquanto as probabilidades para as categorias em
torno da média e acima da média são 35% e 15%, respectivamente.
Preocupante
Segundo o
presidente da Funceme, Eduardo Sávio Martins, é importante ressaltar que
trata-se de um período diferente do que se referia a previsão climática
anterior. “De toda forma, permanece sendo um quadro preocupante e o Governo do
Estado já foi informado do novo prognóstico e continuará investindo nas ações
de convivência com a estiagem”, explica.
O secretário de
Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, já divulgou a imprensa local, que
existem três eixos centrais de atuação para minimizar efeitos da estiagem:
ampliação de carro-pipa, perfuração de poços e instalação de adutoras de
montagem rápida. O governador Camilo Santana vem se reunindo com seu
secretariado para pontuar ações de um plano para a seca, e, cuja divulgação
está sendo aguardada.
Irregularidade
O prognóstico da
Funceme mostra, também, que as precipitações no Centro Sul do Ceará tendem a
ficar mais próximas da média histórica, enquanto na metade norte do Estado a
tendência são índices mais baixos de chuva no acumulado do trimestre.
“Ainda há fortes indícios de que a Zona de Convergência Intertropical,
principal sistema indutor de chuvas no Ceará, atue pouco por aqui, e isso tem
impacto negativo na qualidade da nossa quadra chuvosa”, afirma Martins.
A média histórica
de precipitações acumuladas no Estado entre os meses de março, abril e maio é
de 480,3mm. As médias de cada um dos próximos três meses são 206,2mm, 184,3mm e
89,9m, respectivamente.
Por se tratar do
quarto ano consecutivo de seca, as chuvas registradas em 2015 pela Funceme
mostram índices preocupantes e que podem agravar o quadro. Em janeiro, quando a
média é 98,7mm choveu somente 28,6mm. Em fevereiro, a média é de 127,1mm e
choveu, até hoje, 52,4mm, ressaltando que ainda faltam oito dias para terminar
o mês.
Chuvas
Entre às 7h do sábado
(21) e às 7h do último domingo (22), em pelo menos 71 municípios cearenses
houve registro de chuvas, conforme inforção da Funceme. A maior
precipitação aconteceu em São Gonçalo do Amarante (103,0 mm). De 7h da manhã de
domingo (22), às 7h da manhã de ontem, em Fortaleza, choveu (42 mm).
Mesmo as áreas mais
afetadas pela seca, como o Sertão Central, também tiveram precipitações. Os
outros municípios com maior incidência de chuvas foram Pindoretama (76 mm), Ipueiras (61.2 mm), Santa Quitéria (57.4 mm) e
Aquiraz (50 mm). Ao todo, 71 cidades
do Estado registraram precipitações, de acordo com o boletim das 13h55.
Fonte: O Estado Verde – O Estado CE (24/ 02/ 15)
Nenhum comentário:
Postar um comentário