O mercado de lotes
é democrático e atende variados tipos de público na Região Metropolitana de
Fortaleza (RMF): seja primeira ou segunda moradia, ou mesmo como opção de
investimento. A procura crescente, apontam especialistas do mercado imobiliário,
prova que é um mercado aquecido para 2015.
Pecém, Eusébio e
Cascavel foram as regiões citadas com maior demanda e oferta atualmente, tanto
para loteamentos abertos como em condomínios fechados.
“O mercado tem uma
variação, a gente segue as tendências. Há três anos, ficou muito evidente o
volume de negócios em São Gonçalo do Amarante”, considera o gestor comercial da
incorporadora e imobiliária Fortcasa, Mauro Martins. “Outro fator importante é se
o processo para aprovação dos projetos por parte do governo é demorado”,
analisa.
Ele pondera que a
procura hoje é maior por quem busca a primeira moradia. “Caucaia e Maracanaú
têm muita área para lotear e forte apelo popular. São regiões com demanda reprimida.
Já público de alto padrão investe em qualquer área, para morar ou especular”,
diz.
Tendência
O
corretor imobiliário Flávio Castro destaca que as incorporadoras estão se
preocupando em iniciar as construções no terreno para estimular que o público
invista no empreendimento. “Isso vai puxar a valorização para dentro do
loteamento”, avalia.
Como exemplo, ele
cita o Bons Ventos, da Bspar Incorporações, em Cascavel. “Está mudando o
conceito de loteamento. Já asfaltaram, fizeram uma área comum ao loteamento
aberto, prepararam o terreno, a infraestrutura. Isso atrai o interesse das
pessoas”, conta.
Se for loteamento
popular, já fazem calçamento, colocam energia, água, pavimentação. Em padrões
mais elevados, tem-se clube e área de lazer completa. “Hoje o governo não
aprova o projeto sem entregar infraestrutura completa”, explica Martins.
As formas de
pagamento variam de acordo com o público. Nos empreendimentos populares, o
parcelamento é a longo prazo, com correção pelo pelo IGPM (Índice Geral de
Preços do Mercado). Em casos de loteamento de alto padrão, há uma tabela
diferenciada de pagamento a curto prazo, segundo o gestor da Fortcasa, para
evitar juros e correção.
“O cliente final
compra de um a dois lotes para uso próprio. Cliente investidor, como
construtores, chegam a comprar de cinco a dez lotes, por exemplo, para
construir casas soltas e vender individualmente”, conta Flávio Castro. (Viviane Sobral)
DICIONÁRIO
GLEBA: área do terreno bruto
LOTE: unidades fracionadas da gleba. Pode ser em
condomínio fechado ou loteamento aberto
LOTEAMENTO EM
CONDOMÍNIO FECHADO: loteamento
com normas construtivas, técnicas e procedimentos para projetos e obras, como
altura máxima, recuos, edículas, piscina, passeio, por exemplo.
SAIBA MAIS
PARA FAZER UM loteamento é preciso definir se será um
condomínio fechado ou um loteamento aberto. Há uma gleba, que é fracionada em
lotes
PARA
FRACIONAR a
terra, precisa definir que tipo de negócio vai gerar. Qual público vai atender,
perfil de consumo, se é primeira ou segunda moradia, se vai ser um loteamento
popular, que tipo de infraestrutura vai oferecer
SE FOR UM empreendimento de alto padrão, o lote não
terá menos que 300 metros quadrados
LANÇAMENTOS populares custam entre R$ 200 a R$ 240 o
metro quadrado
EMPREENDIMENTOS de alto padrão podem variar entre R$ 500 a R$ 600 o
metro quadrado. A tendência é de valorizar 15% a 20% no ano
Fonte: especialistas
Imóveis – Jornal O povo (11/
02/ 15)
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