quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Cascavel: Meu pedacinho de chão



O mercado de lotes é democrático e atende variados tipos de público na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF): seja primeira ou segunda moradia, ou mesmo como opção de investimento. A procura crescente, apontam especialistas do mercado imobiliário, prova que é um mercado aquecido para 2015. 


Pecém, Eusébio e Cascavel foram as regiões citadas com maior demanda e oferta atualmente, tanto para loteamentos abertos como em condomínios fechados.



“O mercado tem uma variação, a gente segue as tendências. Há três anos, ficou muito evidente o volume de negócios em São Gonçalo do Amarante”, considera o gestor comercial da incorporadora e imobiliária Fortcasa, Mauro Martins. “Outro fator importante é se o processo para aprovação dos projetos por parte do governo é demorado”, analisa.



Ele pondera que a procura hoje é maior por quem busca a primeira moradia. “Caucaia e Maracanaú têm muita área para lotear e forte apelo popular. São regiões com demanda reprimida. Já público de alto padrão investe em qualquer área, para morar ou especular”, diz.



Tendência


O corretor imobiliário Flávio Castro destaca que as incorporadoras estão se preocupando em iniciar as construções no terreno para estimular que o público invista no empreendimento. “Isso vai puxar a valorização para dentro do loteamento”, avalia. 



Como exemplo, ele cita o Bons Ventos, da Bspar Incorporações, em Cascavel. “Está mudando o conceito de loteamento. Já asfaltaram, fizeram uma área comum ao loteamento aberto, prepararam o terreno, a infraestrutura. Isso atrai o interesse das pessoas”, conta.



Se for loteamento popular, já fazem calçamento, colocam energia, água, pavimentação. Em padrões mais elevados, tem-se clube e área de lazer completa. “Hoje o governo não aprova o projeto sem entregar infraestrutura completa”, explica Martins.



As formas de pagamento variam de acordo com o público. Nos empreendimentos populares, o parcelamento é a longo prazo, com correção pelo pelo IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado). Em casos de loteamento de alto padrão, há uma tabela diferenciada de pagamento a curto prazo, segundo o gestor da Fortcasa, para evitar juros e correção.



“O cliente final compra de um a dois lotes para uso próprio. Cliente investidor, como construtores, chegam a comprar de cinco a dez lotes, por exemplo, para construir casas soltas e vender individualmente”, conta Flávio Castro. (Viviane Sobral)



DICIONÁRIO



GLEBA: área do terreno bruto



LOTE: unidades fracionadas da gleba. Pode ser em condomínio fechado ou loteamento aberto



LOTEAMENTO EM CONDOMÍNIO FECHADO: loteamento com normas construtivas, técnicas e procedimentos para projetos e obras, como altura máxima, recuos, edículas, piscina, passeio, por exemplo.



SAIBA MAIS



PARA FAZER UM loteamento é preciso definir se será um condomínio fechado ou um loteamento aberto. Há uma gleba, que é fracionada em lotes


PARA FRACIONAR a terra, precisa definir que tipo de negócio vai gerar. Qual público vai atender, perfil de consumo, se é primeira ou segunda moradia, se vai ser um loteamento popular, que tipo de infraestrutura vai oferecer



SE FOR UM empreendimento de alto padrão, o lote não terá menos que 300 metros quadrados
 

LANÇAMENTOS populares custam entre R$ 200 a R$ 240 o metro quadrado
 


EMPREENDIMENTOS de alto padrão podem variar entre R$ 500 a R$ 600 o metro quadrado. A tendência é de valorizar 15% a 20% no ano



Fonte: especialistas



Imóveis – Jornal O povo (11/ 02/ 15)

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