Criança
de três anos havia sumido do quintal da casa da avó, em Aracati, no último dia
6 de julho
Passados cinco meses e dezessete dias do
desaparecimento do menino José Lucas Queiroz, de apenas 3 anos de idade, a
Polícia confirmou, através de um exame de DNA, que a ossada encontrada no
último 21 de novembro, na localidade de Cajueiro, no município de Aracati,
pertence ao garoto.
Segundo a Polícia, familiares informaram que
o menino foi visto pela última vez brincando no quintal da casa da avó, no
último dia 6 de julho, na comunidade Córrego da Priscila, em Aracati, a 150
quilômetros de Fortaleza. Depois disso, tanto policiais, quanto moradores do
município e regiões adjacentes se uniram em busca do garoto.
Com o sumiço da criança, uma força-tarefa
envolvendo Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Exército, Marinha e a
própria comunidade manteve buscas em toda a cidade, sobretudo nos matagais que
rodeiam a região onde o menino foi visto pela última vez. A operação de buscas
contou, inclusive, com um helicóptero da Coordenadoria Integrada de Operações
Aéreas (Ciopaer).
Mergulhadores e cães farejadores também
auxiliam nas buscas que durou dias.
Porém, em 21 de novembro, as esperanças dos
pais da criança e das pessoas que estavam comovidas com as buscas foram
abaladas com a notícia do achado de uma ossada que, aparentemente, pertencia a
uma criança com as mesmas características de tamanho e idade do menino José
Lucas. Outro fator indicativo de que poderia se tratar do menino desaparecido,
é que, de acordo com a Polícia, não havia sido registrado o desaparecimento de
nenhuma outra criança na região naquele período.
Conforme a Polícia, esta ossada humana foi
encontrada, na manhã do dia 21 de novembro, por dois homens que estavam
caçando, na localidade de Cajueiro, em Aracati.
Ossos
encontrados
Segundo o relato de uma das testemunhas que
encontrou os ossos, o soldador Luiz Davi, por volta das 11h daquela manhã, ele
estava na companhia de um amigo quando se deparou com um pedaço de osso. Ele
caminhou poucos metros e encontrou outros ossos até chegar a uma cova rasa,
onde estavam os restos mortais de uma pessoa.
De acordo com a Polícia, Luiz Davi juntou
todos as partes que encontrou e os levou para a delegacia. No entanto, apenas o
crânio não estava junto dos demais membros. A Polícia foi informada por
populares que, há cerca de duas semanas anteriores ao achado, um outro morador
havia encontrado um crânio.
Conforme a Polícia, a partir desta ossada
encontrada, a cerca de 500 metros de onde o menino desapareceu, na comunidade
Córrego da Priscila, foi coletado o material genético da mãe de José Lucas e
comparado com os restos mortais recém- encontrados. Mesmo com as possibilidades
de que os ossos pertencessem ao menino, a família continuou com as buscas.
Exame
de DNA
Na manhã de ontem, a Perícia Forense do Ceará
(Pefoce) entregou para a Polícia Civil o resultado do exame de DNA. O laudo diz
que o material genético coletado dos ossos é compatível ao do menino José Lucas
Pereira Queiroz. O resultado do exame de DNA foi entregue ao delegado que
preside o inquérito, Eudes Moreira, titular da Delegacia Metropolitana de Aracati,
na última segunda-feira (22).
"Pelas condições encontradas do corpo,
posso afirmar que este crime já é considerado um dos mais bárbaros cometidos em
toda a região do Litoral Leste", disse o delegado.
Após ser informada sobre o resultado do
exame, a mãe da criança disse que vai solicitar um novo teste de DNA. O
delegado do caso disse que a causa da morte e os respectivos responsáveis estão
sendo investigados.
O desaparecimento da criança comoveu não
apenas os moradores de Aquiraz, mas também, pessoas de vários lugares que
acompanhavam o drama da família e as buscas através de perfil criado na rede
social Facebook.
Fonte: Caderno Polícia – Diário do Nordeste (24/ 12/
14)
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