terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Aquiraz: Muito bem tratado

Ao comprar um apartamento, muitos nem sabem que há um fator que encarece a taxa de condomínio e o preço do empreendimento. São as Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), que devem ser construídas pelas construtoras em áreas em que não há saneamento básico, até mesmo para que o imóvel possa ser liberado para venda. 

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro, o custo dessa obra para o empreendimento varia de R$ 200 mil a R$ 2 milhões. “Estações particulares são caras e oneram taxa de condomínio. A solução ideal é passar a rede por toda Fortaleza, que o esgoto tenha destino final adequado, com tratamento”, avalia.

Portanto, ter um terreno em área saneada é um diferencial competitivo que barateia o custo da obra. Porém o déficit da Capital é grande, tendo 43% do seu território ainda sem cobertura de esgoto, conforme dados da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), o que atinge diretamente o mercado imobiliário.


Quem constrói

Um exemplo de empresa que se preocupou em construir estações em seus empreendimentos foi a Cameron Construtora. O diretor técnico da empresa Germano Câmara defende que ela foi a pioneira a utilizar ETE na região do Porto das Dunas, em Aquiraz, onde não há cobertura de esgoto. O Portamaris Resort e o Paraíso das Dunas Resort são exemplos de construções.


Além de uma mera obra, a construção de uma ETE está entre as preocupações do mercado imobiliário, seguindo a tendência de investimento em tecnologias dentro do contexto sustentabilidade. Como, no caso da estação, da utilização do sistema Revolution, que conta com operações semi-automatizadas e foi desenvolvido para ocupar menor espaço por vazão produzida com melhor rendimento hidráulico, conforme informa o diretor da ACS Engenharia Ambiental, Adler Crispim.


Ele explica que a fase ideal para o planejamento dos sistemas de tratamento de efluentes é antes das obras do empreendimento. “Quando atuamos na concepção do projeto, evitamos erros de dimensionamento. O projeto concebe a estrutura, o local em que vai ser aplicada a tecnologia”, diz o engenheiro, especialista em saneamento e meio ambiente. “Nesse momento, começam as decisões: vou tratar, vou reutilizar? Existem condomínios aqui já bem modernos nesse aspecto.


Adler afirma que os sistemas de tratamento de efluentes são confeccionados com material compósito, de fibra de vidro com resinas de engenharia. “São materiais que não sofrem degradação. Evita que eu fique refazendo ou não tenha longevidade”. Ele orienta que é o mais adequado ao que vai se submeter, já que o efluente é muito agressivo.


Saiba mais


A ESTAÇÃO DE tratamento de esgoto (ETE) é necessária quando
não há disponibilidade de rede pública de esgoto na região.


O QUE DIZ A SEUMA


1. Quando há rede pública de esgoto disponível, o responsável deverá desativar a ETE e se interligar à rede.


2. A estação é indicada para edificações multifamiliares e comerciais de grande porte.


3. O equipamento é importante para que os recursos hídricos e o solo não sejam prejudicados com efluentes não tratados, informa a Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma).








Fonte: Imóveis – Jornal O povo (28/ 01/ 15)

Nenhum comentário:

Postar um comentário