Aquiraz é dessas cidades que ainda vivem
feito um interior. Tem muita história e tradição morando nos detalhes, seja na
arquitetura ou nos hábitos da população. A cidade guarda ainda um título
importante: primeira capital do Ceará. Desses tempos pra cá, cresceu quase
nada. Algumas coisas ainda resistem. A lembrança e os costumes são exemplos,
por isso todo morador de Aquiraz…
1 – Já
comprou a famosa “fofa” da Talia
De longe a gente já escutava os gritos que se
aproximavam a cada pedalar. “Olha a fooofaaaa!” Talia vendia fofa pela cidade
montada em sua bicicleta. Aposentou-se da profissão já tem um tempo. Pra quem não
conhece, a iguaria é uma espécie de rosca de goma, vendida em bando, amarrada
com umas palhinhas secas. O negócio é bom!
2 – Foi
pra uma tertúlia no Laís Sídrim
A vida noturna do aquirazense já foi
agitadíssima com as tertúlias no Laís Sidrim. No local funcionava (e ainda
funciona!) uma escola durante o dia e à noite o espaço era dominado pelo
batidão da jovem guarda.
3 – Teve
aula de reforço com a Benilda
É na varanda de casa mesmo que repassa os
conhecimentos que tem. Nos três turnos, Benilda sentada na cadeira de balanço,
ensina matemática, português e, vez por outra, ensina a viver. Sem esquecer a
paixão pelo cantor Leonardo. No quarto guarda posteres, VHS, CDs e DVDs do
artista.
4 – Usa
roupa nova na Festa de São Sebastião
Todo janeiro uma roupa nova tem que estar
preparada no guarda-roupas pra ser “inaugurada” na tradicional Festa de São
Sebastião. Uma semana de festejos religiosos na cidade. Época de ouvir os
gritos esgoelados do povo que se arrisca no parque de diversões e de encher o
bucho com vatapá e paçoca nas barraquinhas de comida na praça.
5 – Troca
o nome do estabelecimento pelo nome do dono
Se alguém perguntar onde fica a Banca Pinto
Câmara quase ninguém vai indicar uma localização. Agora pergunte onde fica a
Banca da Laurenir! Por aqui é costume esquecer o verdadeiro nome do comércio e
atribuir o nome do proprietário. Farmácia do Reginaldo e Salão da Lidinha são
alguns exemplos.
6 – Comia
Batatinha no Nelson depois da missa
Após o “Amém” e do “que Deus vos acompanhe”
era certeiro comer aquela batatinha frita no Nelson. Aos mais lisos, restava
comprar a oferta do saquinho de papel com um pingado de batatinhas. A
ostentação era ter o pratinho de papelão entupido de batata, maionese e
catchup.
7 –
Escutou a frase “Tu não mora, se esconde!”
Mesmo distante apenas uns 30 km da capital e
aproximadamente uma hora de viagem, quem escuta um “Moro no Aquiraz” já
responde com o típico “Tu não mora, se esconde!”Já ouvi demais…
8 – Pegou
um São Benedito pra ir ao Centro
Nem um ser vivo dessa primeira capital já
escapou da sina de um ônibus da São Benedito lotado. Na rodoviária nem precisa
esperar o ônibus parar e o trocador gritar “Fortaleza, Fortaleza, bora!?” que
todo mundo já tem entrado e caçado uma vaga pra sentar. A viagem, querendo ou
não, é longa. E quando passa no Eusébio então? Tome tempo!
9 –
Assiste o desfile do dia 7 de setembro no sol quente
Todas as escolas da cidade fazem o
tradicional desfile da independência pelas ruas principais. Aí o povo todo vai
ver as crianças miudinhas fantasiadas e sofrendo no sol de 11h. Os jovens
também desfilam, mas pra ganhar o famoso “um ponto na média” na escola.
10 – Fica
se gabando por morar perto da praia
Não é por menos, vai! Iguape, Prainha, Japão,
Porto das Dunas, Batoque, Caponga, Barro Preto… É tudo do nosso litoral! Basta
pegar uma topic e em 10 minutos sentir a brisa do mar. Desculpa aí, viu?
11 –
Conhece o Pneu
O Pneu é dessas personalidades que a cidade
toda sabe quem é e já viu perambulando por aí, cantando alguma música do Bartô
Galeno ou Reginaldo Rossi. Aliás, o cara já gravou até um cd! “O Pneu do
Brega”. Não tem no Spotify. Ainda!
12 – Já
foi pra uma seresta do Carlão
Falando em música é impossível não lembrar
dele. O seresteiro mais requisitado da cidade: Carlão! No esquema de voz, violão
e teclado, ele canta de tudo um pouco: forró, brega, sertanejo, soul, samba. O
cabra é bom!
13 – Sabe
o que é “Pau Pombo”, “Patacas”, “Machuca” e “Gruta”
Esses nomes, aparentemente estranhos, até
parecem gírias, mas são apenas nomes de bairros de Aquiraz. Morar no Pau
Pombo ou na Gruta não tem nada demais, hein?
14 –
Confunde o gentílico da cidade
Tem gente que diz aquirazense, enquanto
outros engolem o “z” e falam aquiraense. O IBGE diz aquirazense. Eu prefiro a
confusão.
Fonte: http://www.somosvos.com.br/
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