Uma
decisão judicial cancelou as visitas por conta de um surto de meningite na
unidade prisional
Os internos da Cadeia Pública de Aquiraz se amotinaram, na
manhã desta quarta-feira (22), e precisaram ser contidos pela PM e pelo Grupo
de Apoio Penitenciário (GAP). Familiares de algumas pessoas que estão
sendo custodiadas no local informaram que a revolta dos detentos se deu
porque a visita que acontece nas quartas-feiras foi cancelada.
A irmã de um homem que está recluso pelo
cometimento de um assalto, que não revelou sua identidade, disse os presos
queimaram colchões e foram disparadas balas de borracha contra eles durante a
confusão. Segundo ela, os detentos são mantidos em péssimas condições da unidade
prisional.
"Tenho medo que morra gente lá dentro.
Eu sei que estão presos, porque precisam pagar pelo que fizeram aqui fora, mas
não justifica que tenham até que viver em contato com uma doença perigosa como
é a meningite. Eles são mantidos como bichos".
A Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus)
confirmou o tumulto dentro da Cadeia Pública de Aquiraz, mas informou que a
movimentação dos detentos foi rapidamente contida pelo GAP.
A Sejus declarou, por meio de nota, que
a motivação do motim foi realmente “decorrente da suspensão das visitas às
quartas-feiras, conforme decisão judicial expedida à época dos dois
casos de meningite registrado na unidade prisional”.
A secretaria revelou que a ação dos internos
deixou algumas celas danificadas e ainda está sendo definido
possíveis transferência, enquanto a manutenção é realizada. Conforme a Sejus, a
volta das visitas às quartas-feiras depende de autorização judicial.
Fonte: Polícia – Diário do Nordeste (22/ 04/ 15)
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