ELEITA
A MELHOR NO ATENDIMENTO ÀS GESTANTES
Imagem meramente ilustrativa retirada do Google Imagens |
A creche Irmã Marta, do
Instituto Penal Feminino (IPF) Auri Moura Costa, em Aquiraz, tem capacidade
para atender até 15 mães que derem à luz dentro do sistema prisional.
Atualmente, nove mulheres e seus filhos ocupam o espaço. Entretanto, preocupa o
fato de 26 internas aguardarem bebês ainda para este ano.
A agente penitenciária Eusimar Rodrigues diz
que a creche nunca antes correu o risco de exceder a capacidade, mas a
possibilidade existe, hoje, devido à superlotação - 722 internas para 364
vagas.
Para evitar que
isso aconteça, o Judiciário pode permitir que, no período de gestação e
amamentação, algumas mulheres fiquem em prisão domiciliar. Em março, o
Ministério da Justiça divulgou a pesquisa Dar à Luz na Sombra, feita pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que apontou o IPF Auri Moura
Costa como o melhor no atendimento às gestantes. “Nas visitas e entrevistas no
Ceará, ficou clara a existência de planejamento, políticas e uniformizações das
decisões relacionadas ao cotidiano prisional”, aponta a pesquisa.
Rafaela Rodrigues,
19 anos, concorda que o atendimento às gestantes é feito de forma digna, mas
queria ter tido o Ravi - de 14 dias de vida - longe do sistema penitenciário.
Ela nem sabia que estava grávida quando entrou para o IPF, há pouco mais de
oito meses. “(O atendimento) foi bom, não tenho do que reclamar. São
atenciosos, as coisas são regradas, mas tinha sido melhor se tivesse sido lá
fora. Minha família estaria comigo”, lamenta.
Regularmente,
segundo Eusimar, a creche recebe pediatras, nutricionistas e ginecologistas
para avaliar mães e bebês. Eles permanecem lá durante até um ano, até a criança
ser encaminhada para a família da detenta ou para adoção. (Luana Severo)
Fonte: Cotidiano – Jornal O povo (20/ 04/ 15)
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