Nasceu na fazenda
Caiçara, no sopé da Serra de Araripe, na zona rural de Exu, sertão de
Pernambuco. O lugar seria revivido anos mais tarde em "Pé de Serra",
uma de suas primeiras composições. Seu pai, Januário, trabalhava na roça, num
latifúndio, e nas horas vagas tocava acordeão (também consertava o
instrumento). Foi com ele que Luiz Gonzaga aprendeu a tocá-lo. Não era nem
adolescente ainda, quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de
início acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina
manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sul do
Brasil. O gênero musical que o consagrou foi o baião. A canção emblemática de
sua carreira foi Asa Branca, que compôs em 1947, em parceria com o advogado
cearense Humberto Teixeira.
Asa Branca
Quando olhei a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de prantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Nem um pé de prantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Bateu asas do sertão
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Pra mim voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Se espalhar na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Uma Homenagem da Revista
Litoral Leste
Ricardo Costa (13/ 12/ 14)
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