Beberibe. Termina hoje a 11ª edição do Caju Nordeste, evento
que vem sendo realizado desde o último dia 19, na cidade de Beberibe,
localizada na região de Cascavel, distante a 78 Km de Fortaleza.
O encontro é regional e objetiva beneficiar produtores de
caju nos polos produtores da Região Nordeste, especialmente dos Estados do
Ceará, Bahia, Piauí e Rio Grande do Norte, tendo como foco o polo cajucultor de
Beberibe e de municípios circunvizinhos. A novidade trazida na edição deste ano
foi a máquina de corte automático da castanha de caju.
A cortadeira representa uma inovação para a cadeia
produtiva do caju na região. Ela realiza o corte semiautomático da castanha e
permite o aumento na produtividade, redução dos custos do beneficiamento das
castanhas e melhorias nas condições de trabalho, evitando o esforço repetitivo
dos trabalhadores e o contato direto das mãos destes com o líquido da castanha
de caju, que é corrosivo.
A máquina é de produção brasileira e foi desenhada pela
Central de Cooperativas de Cajucultures do Piauí (Cocajupi), juntamente com a
Usinagem Santo Antônio, empresa sediada na cidade piauiense de Picos. A
cortadeira tem capacidade de produção de até uma tonelada de castanha e é indicada
para o cajueiro de espécie anão precoce. O equipamento foi adquirido com
investimento social de R$ 44,5 mil da Fundação Banco do Brasil.
A máquina ficou exposta na Feira do Caju, um pavilhão com
60 estandes, em que foram expostos, demonstrados e comercializados produtos,
serviços, máquinas e equipamentos relacionados com a cultura do caju. Também
houve mesas redondas, mini-cursos, palestras e uma reunião da Câmara Setorial
da Cajucultura.
Outro momento grande do evento foi a entrega do troféu
Caju de Ouro, destinado a agricultores, empreendedores agroindustriais,
técnicos, pesquisadores e políticos e às empresas e instituições públicas e
privadas que se destacaram na realização de ações em prol do desenvolvimento da
cajucultura.
Entre os homenageados esteve o Instituto Centec, em
reconhecimento apoio prestado por meio dos professores e alunos das Faculdades
de Tecnologia Centec (Fatec) Cariri, de Juazeiro do Norte; e Sertão Central, de
Quixeramobim. A homenagem foi entregue ao presidente da Instituição, Francisco
Ferrer.
Para o presidente da Câmara Setorial da Cajucultura,
Alderito Oliveira, a cadeira produtiva do caju no Nordeste tem enfrentado
grandes dificuldades e isso foi um dos temas debatidos durante o evento.
Entre os problemas apontados pelo presidente estão a
baixa produtividade em decorrência da antiguidade de algumas árvores, o que
consequentemente tem sua produção diminuída gerando desestímulo dos produtores;
a seca, que tem acentuado um problema na produção e a falta de governança, no
que tange à organização dos produtores, tendo apenas o Ceará e o Piauí algum
incentivo por parte dos governos Estaduais.
"É isso que estamos buscando, uniformizar as
políticas de apoio à cadeia produtiva da cajucultura no Nordeste",
ressaltou.
Ellen Freitas
Colaboradora
Colaboradora
Fonte: Diário do Nordeste
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