Cerca de 80 trabalhadores de ônibus
intermunicipais, entre motoristas e cobradores, paralisaram as atividades em
protesto contra a jornada excessiva, a falta de pagamento do segundo
vale-refeição e das horas-extras, além da precariedade dos pontos de apoio.
Ônibus de cinco linhas da empresa São Benedito, que atendem as regiões de
Pacajus, Cascavel, Barro Preto, Prainha e Iguape, ficaram sem circular de
4h30min até às 11h30min, nesta quinta-feira, 8.
As atividades só foram retomadas após reunião da categoria com a diretoria da empresa, que se comprometeu a avaliar as demandas. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro-CE), Domingo Neto, explicou que as quatro garagens da empresa, em Pacajus, Iguatu, Itaitinga e Fortaleza, ficaram fechadas.
“O objetivo foi chamar a atenção da direção da empresa para as condições de trabalho dos motoristas e cobradores, que estão tendo jornadas mais longas sem ganhar o adicional de hora-extra”, explica Domingo Neto. O presidente afirma que a carga horária de 7 horas chega a ser estendida até 14 horas e, caso os trabalhadores se recusem ao cumprimento, são ameaçados com demissões.
“Eles não pagavam a hora-extra e até quando o trabalhador estava de folga era obrigado a ir. Quem não for é punido com demissão. Além disso, o valor de R$ 10 do segundo vale-refeição não era respeitado”, completa. Domingo Neto também cita as condições insalubres dos pontos de apoio nas garagens, onde falta água e condições adequadas para os trabalhadores que precisam dormir nos alojamentos.
Nesta manhã, a categoria informou que discutiu com a direção da empresa o vale-refeição da segunda jornada. Uma nova reunião para discutir as questões referentes à jornada de trabalho está marcada para a próxima quinta-feira, 15, conforme o Sintro.
Procurada, a direção da São Benedito disse
que as linhas foram normalizadas e que trabalha para a negociação.
Fonte: Redação O POVO Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário