As
linhas Pacajus, Cascavel, Prainha, Iguape e Barro Preto foram afetadas com a
paralisação
Os moradores de Pacajus, Cascavel, Aquiraz,
Itaitinga, Horizonte e Eusébio que utilizam o transporte
coletivo para se deslocar até Fortaleza amanheceram essa quinta-feira (8) sem a
circulação das linhas de ônibus da empresa São Benedito. Isso porque os
motoristas e trocadores iniciaram uma paralisação por volta de 4h.
A categoria reclama de jornada de
trabalhoexcessiva, falta de pagamento de vale-refeição, precariedade
de alojamentos e pagamento de forma desregular de horas-extras. Ao
todo, por volta de 100 profissionais e 30 veículos (cerca de 80%
da frota) que atuam nas linhas Pacajus, Cascavel, Prainha, Iguape e Barro
Pretoestão paralisados.
Conforme o Sindicato dos Trabalhadores em
Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro-CE), as 4 garagens da
empresa (Pacajus, Itaitinga, Iguatu e Fortaleza) estão fechadas, esperando um
resultado de uma reunião dos diretores da São Benedito com os líderes da
categoria, que teve início por volta de 9h30.
Dependendo do resultado do encontro, a
paralisação pode ser mantida durante todo o dia. "Nós não queremos
prejudicar nem a empresa e nem os passageiros, mas, caso a empresa mantenha a
intransigência, há possibilidade da paralisação se manter por longo do
dia", afirma Flávio Braz, diretor do Sintro, ressaltando que, mesmo que os
lados não entrem em um acordo, a frota volta a funcionar na próxima
sexta-feira (9). "Teremos que buscar outra estratégia", completa.
Segundo o diretor sindical, a carga
horária de 7h20 está sendo desrespeitada, alegando que motoristas e
trocadores chegam a trabalhar até 14h por dia, com pagamento desregular de
horas-extras e sem receber um vale-refeição extra para o turno
alternativo.
Os pontos de apoio dos funcionários
também são alvos de críticas. "Os alojamentos estão precários, sem
saneamento básico e sem condição de abrigar os motoristas", critica Braz.
A reportagem tentou entrar em contato com a empresa São Benedito, mas nenhuma
posição acerca das reivindicações foi repassada.
Fonte: Cidade (Online) – Diário do Nordeste (08/
01/ 15)
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