Por Ricardo Costa, da Redação.
Na dose certa, a programação conseguiu colocar cada tribo no seu
lugar. Na Marina do Morro Branco, os ensurdecedores paredões apimentaram o
mela-mela; na sede, animação das bandas e resgate cultural
Teve festa para todos os gostos e na medida certa em Beberibe. Os paredões que
infernizam a vida dos que não curtem esse tipo de som ficaram confinados apenas
na Marina do Morro Branco e em horário disciplinado pela Prefeitura, das 15 às 21
horas, ao contrário do que aconteceu em outras cidades.
O
Carnaval Cultural de Beberibe tem a participação de adultos, idosos e de muitas
crianças Fotos: Kid Júnior
O local ficou lotado e a Polícia Militar (PM), além de seguranças contratados
pela Prefeitura, garantiram a ordem.
Na sede, o Carnaval Cultural mais uma vez reuniu jovens, idosos e adultos, que
desfilaram pelas principais ruas do Centro ao som das marchinhas antigas.
A Praia do Morro Branco recebeu muitos banhistas. Cedo, aqueles que foram
apenas curtir a praia no feriadão se concentraram na área da Tabuba.
Após o meio-dia, aqueles que brincaram durante a noite anterior se concentraram
principalmente nas barracas de praia.
À noite, a praça ficou completamente lotada, principalmente para a apresentação
da cantora baiana Márcia Freire. Outras bandas que levantaram o público foram a
Severina Brown, Caribbean Kings e Frennesy.
A animação não ficou somente nestes dois locais. Na Praia de Paripueira, sete
bandas se revezaram das 21h30 às 2 horas da madrugada.
Parajuru
Surpreendente mesmo foi a movimentação em Parajuru, onde oito bandas
tocaram na praça até a madrugada. A maior atração, no entanto, foi o desfile
dos blocos pela ruas centrais de Parajuru.
Um dos mais animados foi o Cavalo de Talo, que contou com o apoio
cultural da TV Diário, que os 400 integrantes homenagearam. "Moro em São
Paulo há 12 anos. Há 25 anos, no entanto, comprei uma casa aqui. Mesmo morando
longe, não abro mão de vir passar esse feriadão em Parajuru. Trata-se de uma
brincadeira familiar", diz José Marques Soares, gerente financeiro de uma
multinacional.
Um dos blocos mais animados de Parajuru foi o Cavalo de Talo, que
desfilou com 400 componentes e contou com o apoio cultural da TV Diário
Diante de todas as dificuldades enfrentadas, Cascavel, apresentou organização e
segurança. A Prefeitura atendeu a um pedido do Ministério Público e não se
responsabilizou pela festa, a não ser em relação ao controle do trânsito e à
vigilância. O evento foi patrocinado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL)
local.
A programação oficial levou para a Praça São Francisco 11 bandas, dentre elas,
Forró do Bom e Lagosta Bronzeada. Além da sede, o Carnaval Cultural aconteceu
nas praias da Caponga e Barra Nova.
Presídio
Uma das localidades mais procuradas, principalmente pelos jovens, foi a Praia
do Presídio, em Aquiraz. O ponto positivo foi a preocupação da Secretaria de
Saúde, que distribuiu mais de 30 mil preservativos e fez uma campanha educativa
não só ali, mas no Iguape, Batoque, Prainha e Barro Preto.
Na Praia do Presídio, a falta de estrutura foi compensada em parte
pela presença de jovens bonitas
O lado negativo foi a falta de estrutura para receber tanta gente. Os paredões
estavam espalhados livremente. O acesso ao local era dos mais difíceis porque
os banheiros químicos vazaram e o xixi foi para o meio da rua.
Multa de R$ 2 mil e sem
carteira
Há dias em que o melhor mesmo é ficar em casa. O domingo de Carnaval era uma
dessas ocasiões para o pintor Marques Emeliano. No entanto, ele resolveu
deixar, de motocicleta, o sobrinho Ezequiel Barbosa em Beberibe.
Logo após sair de sua casa, no Bairro Itaperi, em Fortaleza, resolveu parar e
tomar uma dose de cachaça no bar do seu Mundinho, por R$ 0,50. Na entrada de
Beberibe, foi pego por uma blitz da Polícia Militar. Resultado: foi flagrado
pelo etilômetro, o aparelho que mede a dosagem de álcool no sangue com 0,13
decigramas de álcool por litro.
Com isso, teve a carteira de habilitação e a moto apreendidas e vai pagar multa
de R$ 1.915,40. Ponderou junto ao sargento Francisco de Castro: "Foi só
uma dose, daquela branquinha". Já ciente da punição, quando imaginava que
seria liberado, foi informado de que também teria que comparecer à delegacia,
pois o seu sobrinho levava na mochila dois dólares de maconha.
Fernando Maia
Repórter
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