Delegado federal Wellington Santiago está à frente das
investigações no Ceará; envolvidos podem responder por vários crimes
FOTO: ÉRIKA FONSECA
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Um auditor administrador
de posto fiscal e um servidor terceirizado da Secretaria da Fazenda do Estado
do Ceará (Sefaz-CE) estão sendo investigados pela Polícia Federal (PF) por
suposta associação com traficantes de drogas. Eles teriam facilitado a entrada
de entorpecentes através do pagamento de propina.
A PF deflagrou, na manhã
de ontem, a "Operação Publicanos", cujo objetivo foi investigar a
suspeita de associação criminosa. Foram cumpridos oito mandados de busca e
apreensão em Fortaleza, no município de Aracati
e em Mossoró, no estado do Rio Grande do Norte.
Além dos mandados, foi
dado cumprimento à determinação judicial de afastamento do exercício das
funções do auditor administrador do posto fiscal e do servidor terceirizado.
Material apreendido
De acordo com o delegado
Wellington Santiago, titular da Delegacia Regional do Combate ao Crime
Organizado, que investiga o caso, na residência dos suspeitos, a PF apreendeu
pendrives, CDs e computadores.
O material eletrônico
será investigado. Os envolvidos podem responder pelos crimes de associação ao
tráfico, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Conforme o delegado, o
auditor e o servidor da Sefaz, suspeitos de estarem envolvidos no esquema,
foram ouvidos na manhã de sexta-feira e liberados.
Os nomes dos suspeitos
não poderão ser revelados, pois o caso corre em segredo de Justiça. Os mandados
de busca e apreensão foram expedidos pela 3ª
Vara da Comarca de Aracati. Em nota, a Sefaz informou que colaborou
"com o compartilhamento das informações necessárias para o sucesso do
procedimento investigatório".
"A Secretaria da
Fazenda aguarda agora a conclusão dos procedimentos disciplinares, instaurados
na Corregedoria Fazendária, para que, ao final das investigações, possa
encaminhar os respectivos processos a Procuradoria Geral do Estado (PGE) que
adotará as medidas cabíveis", informou o órgão.
Drogas e propina
Segundo a PF, as
investigações iniciaram, no mês de setembro deste ano, após a apreensão de 2,5
toneladas de maconha em um esquema de tráfico internacional de drogas. A carga
teria sido detectada pelos auditores fiscais e liberada após pagamento de R$ 60
mil.
Naquela ocasião, a
Polícia Federal interceptou um caminhão no bairro Messejana, em Fortaleza,
transportando a droga.
Fonte: Polícia – Diário do Nordeste (20/ 12/ 14)
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