A integração de um
roteiro pelo atrativos locais é a oportunidade para aproveitar a oferta
turística da região
A Praia das Fontes, em
Beberibe, é um dos grandes atrativos da região
FOTO: ANDRÉ LIMA
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Unir esforços para ganhar em competitividade e
sustentabilidade. Este é o desafio dos oito municípios que compõem o Litoral
Leste cearense. O destino formado por praias e atrativos turísticos bastante
procurados, como a Praia de Canoa Quebrada, em Aracati, e o Beach Park, em
Aquiraz, hoje é promovido de forma isolada pelas principais operadoras
nacionais de turismo, perdendo a oportunidade de aproveitar melhor todo o
potencial da região.
Atentos à questão, o Sebrae Ceará, o Governo do Estado,
as Prefeituras e os empresários locais estão unindo esforços para estruturar um
roteiro turístico integrado no Litoral Leste, como forma de aumentar o fluxo de
turistas, garantir uma maior permanência e aumentar o gasto médio dos
visitantes nestes locais, beneficiando principalmente os micros e pequenos
empreendimentos da cadeia produtiva do turismo da região.
Chamado de Rota das Falésias, o roteiro reúne os
atrativos e empreendimentos turísticos da região formada pelos municípios de
Eusébio, Aquiraz, Pindoretama, Cascavel, Beberibe, Aracati, Fortim e Icapuí.
Para o diretor técnico do Sebrae, Alci Porto, a estruturação desta rota irá
contribuir para um melhor aproveitamento das potencialidades e uma maior
integração e potencialização dos elos da cadeia produtiva do turismo, ampliando
a contribuição da atividade no desenvolvimento econômico daquela área.
De acordo com ele, o segmento de "Sol e Praia"
deverá continuar sendo o principal fator atrativo para visitantes ao Litoral
Leste, tanto para o público nacional como internacional, pois os equipamentos e
serviços turísticos disponíveis na região são compatíveis com essa atratividade
em termos de qualidade e quantidade. No entanto, segundo Porto, a ideia do
roteiro é fortalecer também outros segmentos como o turismo cultural, de
esportes e ecoturismo.
"No Litoral Leste, temos grandes possibilidades a
serem trabalhadas, como a gastronomia, o artesanato e as manifestações
culturais. Também temos nesta região as trilhas em manguezais, dunas, e
atividades náuticas realizadas em lagoas, rios e mar como windsurfe, kitesurfe,
que podem atrair os visitantes interessados no ecoturismo e no turismo esportivo".
Estruturação
O trabalho de estruturação da rota das Falésias é
dividido em duas etapas. A primeira consiste na elaboração de um diagnóstico da
oferta turística e análise da situação atual dos empreendimentos, produtos e
serviços existentes no território, além da análise de mercado, para identificar
os concorrentes, o perfil e expectativa dos clientes e o posicionamento do
roteiro no cenário regional, nacional e internacional.
Na segunda fase, o foco do trabalho é o fortalecimento e
qualificação dos empresários locais para atenderem à nova realidade de mercado
e o apoio à comercialização do roteiro. Conforme o diretor técnico do Sebrae, a
estratégia de roteirização turística já se mostrou bem-sucedida, como pode ser
comprovado pelos resultados obtidos pela Rota das Emoções, que envolve os
estados do Ceará, Piauí e Maranhão. "O trabalho que realizamos na Rota das
Emoções já resultou na ampliação de três para sete dias na taxa média de
permanência dos turistas naquela região e na geração de recursos da ordem de R$
219 milhões a partir do fluxo turístico via agências de viagem", aponta
Alci Porto.
Pequenos negócios
Segundo ele, a estruturação da Rota das Falésias irá
estimular a criação de novos negócios e a expansão dos já existentes, ampliando
e qualificando serviços e equipamentos turísticos na região. "O Sebrae,
juntamente com os parceiros envolvidos, irá ajudar os micro e pequenos
empreendedores a se prepararem melhor, a fim de que eles se tornem fornecedores
de produtos e serviços aos turistas, gerando mais empregos e renda nos
municípios envolvidos", afirma.
Fonte: TUR – Diário do Nordeste (02/ 04/ 15)
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