Foi publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União a
portaria assinada pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
Antônio Andrade, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a ministra do
Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, que autoriza a Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab) a continuar a venda do milho para os
agricultores pelos preços que eram praticados até setembro deste ano. A saca de
60 quilos custa R$ 18,12 para agricultores familiares e a R$ 21 para médios e
grandes produtores rurais que estão cadastrados na entidade. A atual portaria,
segundo o documento interministerial, tem vigência até o dia 28 de fevereiro.
No Ceará, o secretário do Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins,
informa que a venda do milho doado pelo Governo Federal ao Estado em junho
deste ano será retomada. “Já vendemos 28.800 toneladas e ainda restam 1.200
toneladas que podem ser compradas pelos produtores rurais cadastrados na Conab,
nos escritórios da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará
(Ematerce), em cada município”.
Até a primeira quinzena
Segundo o gestor, a previsão para a conclusão da entrega da
quantidade de milho restante que está armazenada no Porto do Pecém é até o
final da primeira quinzena deste mês de outubro. A logística de distribuição
está sendo executada pelo Governo do Estado, através da Secretaria do
Desenvolvimento Agrário (SDA) e pelas Centrais de Abastecimento do Ceará
(Ceasa).
O secretário informou ainda que o governador Cid Gomes está
tratando diretamente com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o
envio de uma nova quantidade de milho para o Ceará para atender às demandas de
alimentação animal até o final do ano. “A reedição da Portaria interministerial
permitiu ainda que a Conab retome a distribuição do milho para os Estados
atingidos pela seca”, afirmou.
Mortandade
Estima-se que, em virtude da presente seca, uma das mais cruéis
dos últimos 50 anos, houve uma elevação de 217% na mortalidade do rebanho
bovino entre janeiro e maio deste ano quando em comparação com igual período do
ano passado. A seca também tem causado severos prejuízos em outros setores da economia
estadual, como a produção agrícola, cuja safra sofreu forte impacto dos fatores
climáticos desfavoráveis
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