Anônimas vozes, gargalhadas extravagantes

Por Célio Scipião, de Pindoretama – CE

É comum, no dia-a-dia, ouvirmos mensagens transmitidas por caixas de sons em supermercados, aeroportos ou rodoviárias e lojas de departamentos informando sobre a promoção de algum produto, chamadas para o embarque de passageiros ou ainda o horário de saída do próximo ônibus. E nunca nos perguntamos de quem são essas vozes, como serão os seus donos. É o que acontece também quando assistimos o humoristico NAS GARRAS DA PATRULHA.

Nos últimos meses a população de Pindoretama está prestigiando e soltando gargalhadas com algumas apresentações dos humoristas que fazem parte do grupo NAS GARRAS DA PATRULHA.  Em uma mega entrevistas com os humoristas descobrimos pra vocês como se deu o inicio do programa e o que se passa por traz das câmeras.

‘Mimosa minina’ / ‘Diz ai diaba pôdi, pôdi, pôdi’

Qual Pindoretamense não se deparou com esses bordões no meio da rua ou mesmo nos meios de comunicação como rádio e TV?

Juntando personagens populares, um noticiário policial sensacionalista e boas doses de bom humor, está pronto o irreverente ‘Nas Garras da Patrulha’, programa humorístico de grande sucesso na TV e no rádio cearense, veiculado na TV Diário e na “Verdinha AM”.

O programa teve seu inicio no rádio, onde está há mais de 20 anos. Segundo Mariana Carvalho, diretora do programa, o humorístico satiriza os fatos, sem ofender as pessoas vitimadas. Como o programa sempre foi um sucesso no rádio, com o surgimento da TV Diário, o então superintendente do Sistema Verdes Mares, Mansueto Barbosa, resolveu levar a atração para a TV. Um teatro de bonecos na TV? A idéia parecia estranha, mas aos poucos foi sendo adaptada e, por trás dos bonecos, estão grandes profissionais que trabalha direta e indiretamente levando ao telespectador e ao ouvinte o melhor humor cearense.

De um lado, as vozes dos humoristas Ery Soares, Cícero Paulo e Cléber Fernandes, que relata sobre sua vinda para atração:

´Sempre fiz shows em palcos. Um dos meus grandes personagens é a ‘Froxilda Fofolete’. Ela sim é bem visível. Certo dia, em um dos meus shows, me deparei com o produtor do programa, que me convidou pra fazer um teste. Desde então, fiquei compondo os humoristas do programa fazendo diversas vozes. ’

Segundo o humorista o sucesso do programa é tão grande que a brincadeira humorística já virou mania entre os cearenses. Com o enorme sucesso, começaram a retirar do dia-a-dia dos telespectadores os personagens como o ‘Zunin Zoião’, que foi baseado em uma criança com as mesmas características do boneco.

‘Os personagens são baseados em pessoas que existe, quando a gente vê uma pessoa interessante, um personagem folclórico, isso já é meio caminho andado para essa pessoa ser imitada. O Chico Pezão, por exemplo, é baseado no Clodoaldo – jogador do Fortaleza. A linguagem é totalmente cearencês, sempre atribuímos um jargão a cada personagem’, afirma o humorista.

Quando questionado sobre o fato de não exibir seu rosto no programa, diz: “Antes, na vinheta do programa, nós éramos apresentados ao público, ai depois tiraram por motivos que não adianta nem ir atrás. Hoje, quem aparece só são os bonecos, nosso nome aparece nos caracteres. Isso ameniza um pouco nossa tristeza por não aparecermos.”

Cléber conta também o fato de já terem sido vítimas de críticas de uma revista de âmbito nacional, o que lhe causou indignação. “Vieram aqui no Ceará fazer uma matéria conosco e andaram chamando nosso programa de lixo. Isso nos causou um mal-estar danado, ninguém gostou da critica dessa revista.”

Do outro lado, temos os bonecos que ganham vida graças à criatividade de manipuladores como Carlos César, Francisco Duarte, Ivanildo Pereira e Omar Rocha, que fazem parte do Circo Tupiniquim.

Por trás do balcão que compõe o cenário da atração, os bonecos se compõem com um ou mais manipuladores que sempre trabalham unidos, um ajudando o outro para que o resultado saia bacana.

‘Minhas autarquias vocês são um caminhão carregado de simpatia, uma jóia rara!’

Agora, assistam ao programa ‘Ai dentu da sua telinha’.