Por
Deoclécio Galvão, de Cascavel – CE
Academia da Saúde, obra do Governo Federal no município de Cascavel. Ainda não foi entregue à população mas já sofre ataques de vândalos. |
Não
precisa ir longe. Ao sairmos de nossa casa já é possível perceber a depredação
de imóveis privados e públicos, seja através de pichações ou mesmo partes
quebradas. Prédios escolares, postos de saúde e praças públicas são os alvos
principais. Nas grandes cidades as fachadas dos grandes prédios também são alvos
prediletos.
E
por quê? Qual será a motivação que leva um cidadão
a realizar tal ato grotesco de agressão à comunidade? Impossível saber? Talvez não.
A
juventude está rebelde? Sem causa? Tentando se firmar nas suas tribos?
O
que falta para amenizar a situação da depredação do patrimônio público é a consciência
real de que aquele instrumento realmente é nosso, de que nós somos
proprietários do mesmo. É preciso que se cultive o sentimento de pertencimento,
que os jovens sejam influenciados a tomarem posse de sua cidadania,
desvinculada do voto, e percebam que a praça é dele e de toda a comunidade,
assim como o posto de saúde e o prédio escolar.
A
Educação Patrimonial é um instrumento que deve ser utilizado neste sentido. Despertar
o sentimento de pertencimento, despertar uma identidade coletiva e perceber que
fazemos parte de uma comunidade se importante no combate a essa mazela social.
Um
pichador não suja o muro de sua residência. O cidadão não joga lixo na sala de casa. O adolescente não quebra o
telefone fixo do lar ou seu telefone celular. Só se preserva o que é útil para
nós; só será preservado o bem público quando nos sentirmos proprietários e
usuários dos mesmos.
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