segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Dim Brinquedim eleva a Cidade de Pindoretama para todo Brasil, que através de sua arte foi homenageado pela Escola de Samba Carioca Acadêmicos de Cubango.


Por Ricardo Costa, de Pindoretama - CE.
O trabalho do artista plástico Camocinense,Antonio Jader Pereira dos Santos, de 45 anos, ou simplesmente “Dim Brinquedim”, nascido no Bairro Cruzeiro e cidadão do mundo, será homenageado pela Escola de Samba Acadêmicos do Cubango, que desfilará no sábado de carnaval, para todo o Brasil e 50 países, pela Rede Globo.  Dim é conhecido mundialmente pela sua arte, voltada para o público infantil. Seus brinquedos não precisam de energia elétrica e não utilizam tecnologia avançada. Eles funcionam com a imaginação e energia de quem brinca, independente da idade, o que tem tudo a ver com o samba-enredo da escola: "Teimosias da Imaginação". 
A Acadêmicos de Cubango será a quinta escola a entrar na Marquês de Sapucaí. “Fui convidado por Severo Luzardo, que é  carnavalesco da escola e também figurinista da globo. Eles vão apresentar meu trabalho através de um carro alegórico de 22m comprimento por 12m de altura, com reproduções de peças minhas”, disse ao blog, com exclusividade, Dim Brinquedim . O artista é um dos 30 artistas brasileiros escolhidos para serem homenageados, sendo o único do Ceará. Essa será a primeira vez na história que um camocinense terá seu nome homenageado durante o maior espetáculo da terra. Recentemente Dim inaugurou um Museu de Brinquedos com mais de 200 peças, em Pindoretama, onde reside. Conheça o site do museu AQUI e saiba como agendar sua visita. Conheça AQUI o Clipe do Samba-Enredo.


Artista cearense é homenageado no carnaval do Rio de Janeiro – Programa Gente na TV (TV Jangadeiro)


O Ceará é cheio de talentos, nós vamos conhecer a história de um artista plástico cearense que será homenageado no Carnaval do Rio de Janeiro. Antônio Jader Pereira Santos, Dim Brinquedim. Que trabalha como artista plastico com a temática dos brinquedos, além de pinturas em telas. Todo o acervo do artista pode ser visto em seu sítio no município de Pindoretama.
A Escola de Samba Acadêmicos de Cubango vai homenagear a originalidade dos artistas brasileiros e Dim com seus brinquedos será um dos homenageados, no desfile do sábado de carnaval.

Confira a sinopse do enredo: "Teimosias da imaginação"
A distância medida pela pobreza
não pode impedir o reconhecimento;
e nem a arte, nem a capacidade de imaginar,
cabem nos rótulos baseados em origem social!

I
Todo artista tem que ir aonde o povo está!
Portanto, avante Cubango, nosso rumo é a Sapucaí e o Universo Criativo,
acompanhados do insubordinado Samba,
que carrega nas entranhas o desejo de sonhar:
quem já admira, aplauda,
E quem não alcança tanta originalidade, acorde e reconheça!
Empunhem retalhos de tecidos, latinhas de alumínio,
plástico, CDs, papelões, franjas, fitas, fuxicos e crochês,
troncos e galhos secos, pó de serra, coco, babaçu, látex.
Da moringa de barro, façam corpo de boneca,
E ao manto de Nossa Senhora,
Misturem panos de Yansã e Nanã.

II
Seria mais belo ver no Museu que ver empinado no céu do Cruzeiro do Sul?
Porque um mundo feito a maquina,
não compreende a beleza dos bordos irregulares do barro...
Escapemos do formalismo convencional esterelizante,
Fujamos das normas que desvirtuam a vocação.
Vamos superar a fronteira mentirosa que separa a arte em diversas categorias
(para supervalorizar aquela que interessa ao poder da hora, definidor).
Deixem os vidrados escorrerem desigualmente,
Apreciem a boniteza torta das canecas,
E a falta de equilíbrio total das jarrinhas.
A efemera arte carnavalesca,
retratando nossas obras-primas que não tem Agente nem falam inglês.
Tratamos daqueles que teimam em libertar o impulso imaginativo,
ainda que não tenham estudado nas Belas Artes universitárias,
e não se submetem aos cânones do "bom gosto" dos caras-pálidas.
Eles estão longe das galerias da moda.
Eles transcendem e flagram a força estética do nosso povo,
numa atividade solitária e única, sem pretensa erudição.

III
Viajemos aos rincões distantes do Brasil,
Onde o talento emana do brasileiro povo persistente, escancarando imaginários.
Habitam reinos de riquezas, não verbalizados nem justificados,
porque cada obra identifica um momento único,
em assinaturas que ecoam no infinito do tempo:
inspiração.
Memória misturada, liberdade espantosa,
irradiando uma sensibilidade incomum,
no desenho simples (e muito elaborado),
de um amorfo que vai ganhando significados Brasis.
A força de jazidas submersas,
Que nos leva a refletir sobre quem somos e de onde viemos.
Sofisticadas tramas cerzidas de penas, seda, argila, ferro e madeira: tradições!
Processos de construção simbólica da mais genuína arte brasileira.
Cordões em pêndulos para se entregar a Deus,
Que sopra a glória da vida nos mais diferentes suportes:
Impressionantes bonecos, pipas, quadros, brinquedos, grafites e plataformas virtuais.
Fazem, conhecem, expressam forças mentais.
Talento dos dedos de Artistas, que faz chorar de emoção;
um segredo, em mistério insondável da Criação.

IV
Eles estão pelos portos, nas feiras, em praças publicas.
Deles se diz: "sujeito que faz uns troços de barro ou de madeira",
ou "um tipo meio maluco que vive meio entocado lá pras bandas do rio".
Vidas em andanças, esperas e insistências.
E para que não fiquem famosos apenas depois de mortos,
Porque somos um povo ainda por descobrir nossa identidade cultural,
Aqui estão as mãos dos Mestres:
Dim, brinquedeiro nordestestino;
J. Borges, cordelista;
Bonequeiros Dona Isabel Cunha e Mestre Expedito;
Grafiteiros urbanos;
Ceramista Indígena Mestre Cardoso;
Reciclagem em Instalações de Cícero Alvesa;
Luzia dos Santos e seus Pavões de Cerâmica;
Os palhaços de resina de Mirtes Rufino;
Joca Galo com seus Galos metálicos;
Estandartes de Marcelo Brant;
Os Papangus de Sivonaldo Araújo;
A arte ingênua de Emerlinda;
Joana Lira e suas Instalações;
Rendas de Sami Hilal;
Xilogravuras de Derlon Almeida;
Esculturas de Miguel dos Santos;
Cerâmicas de Manoel Galdino;
Mestre Gerard, o Santeiro de Barro;
Bispo do Rosário, e suas Roupas para encontrar Deus;
As Pandorgas (pipas) de Valdir Agostinho;
Os Brinquedos de Getúlio Damado;
Gentileza e seus Murais...
E como carnaval também tem Mão de Mestre
O Vime do Victor e o Metal precioso de Shangai!

V
Resumo da Ópera:
dentre a gente simples e sábia, celebremos nossos Artistas.
Encham então os pulmões e cantem, com galhardia:
Arte, Artista, Povo Brasil.
Em vez de pegar o martelo e mandar a estátua falar,
Peguem as baquetas e ordenem às criações geniais,
Obras de arte que tanto orgulham a Cubango e os Brasileiros:
Sambem!

Milton Cunha,
a partir da concepção do Carnavalesco Severo Luzardo Filho.
Pesquisa Julio Cesar Farias.

 Confira o Desfile da Escola de Samba Acadêmicos de Cubango






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